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Mulheres grávidas: saiba as alterações que ocorrem na região bucal

Dr. Sérgio Kignel explica os tipos de modificações orais em gestantes e como tratá-las

Existe uma crença popular de que mulheres gestantes apresentam maior perda dental e mais cáries que aquelas que não estão grávidas, de maneira geral, isto ocorre mais pelo descuido com a higiene oral do que pelo fato de estar à espera de uma criança.

Durante o período de gravidez acontecem algumas modificações físicas e fisiológicas no corpo, que podem gerar alterações orais, tais como: gengivite gravídica, que é uma resposta inflamatória exagerada a fatores irritantes que causam a gengivite comum; o aumento da mobilidade dentária, do fluído gengival, da salivação e da profundidade da bolsa por alterações no equilíbrio hormonal; e o aparecimento de pigmentação nas mucosas.

“No caso da gengivite gravídica, a prevenção é simples: basta realizar uma meticulosa higiene bucal com uso de escova e fio dental, além do acompanhamento com o cirurgião-dentista. Já no caso da mobilidade dentária, após o parto, há uma redução”, explica o dentista especialista em saúde bucal, Dr. Sérgio Kignel.

Tratamento odontológico
Outra dúvida bastante comum é se pode ser feito um tratamento dentário durante a gravidez e amamentação.

De modo um geral, se a gravidez é planejada, o ideal é realizar o tratamento antes da concepção. Isto raramente acontece, assim o melhor período para o tratamento dentário é no segundo trimestre (entre o quarto e o sexto mês) de gravidez. Porém, numa situação de urgência odontológica, como no caso de dor ou abscesso (acúmulo de pus devido uma infecção), o tratamento odontológico é obrigatório, tomando os devidos cuidados que cada caso requer.

“A necessidade do uso de medicamentos será avaliada pelo cirurgião-dentista e a automedicação nunca deve ser realizada, pois tomar remédios sem o conhecimento do médico pode ser perigoso para a gravidez. É importante salientar que, durante a amamentação, o bebê também recebe os medicamentos administrados pela mãe, já que a maioria das drogas é excretada pelo leite materno, em menor ou maior grau”, explica Kignel.

Quanto à anestesia local, não existem riscos, pois o profissional conhece os efeitos dos anestésicos e sabe quais pode utilizar.

Curiosidade: Os dentes começam a se formar no 2º mês de gravidez, e não é verdade que o bebê rouba cálcio dos dentes da mãe para formar os ossos.

Sobre o Dr. Sérgio Kignel

O Dr. Sérgio Kignel é especialista em Estomatologia, Professor titular de Semiologia da UNIARARAS e Mestre e Doutor em diagnóstico bucal pela FOUSP-SP, sendo considerado uma das mais respeitadas referências em diagnóstico oral no Brasil.

À frente da tradicional Clínica Kignel, em São Paulo, o Dr. Sérgio é uma autoridade em neoplastias bucais, congressista nacional e internacional e autor de livros como “Diagnóstico Bucal” e “Estomatologia, base do diagnóstico para o clinico geral”, única obra de Odontologia a receber o 1º lugar do concurso Jabuti, em ciências da saúde.

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