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ANE fornece mudas de espécies da Mata Atlântica e Caatinga para preservação e reflorestamento

A Associação Águas do Nordeste (Ane) mantém um viveiro florestal com diversas espécies de plantas da Mata Atlântica e da Caatinga. Este acervo ecológico está agora disponível para indivíduos, empresas e instituições interessadas na preservação da flora ou atuando em ações de plantio e reflorestamento. A ONG produz e cuida de mais de 100 tipos diferentes de plantas. Entre as nativas da Mata Atlântica estão disponíveis Ipê, Cedro, Craibeira e Massaranduba. Entre as frutíferas algumas das opções são, Cajá, Cajueiro e Pitombeira. Os preços das mudas são fornecidos sob consulta e variam em função do porte. A ação faz parte da missão da Ane de contribuir para o conhecimento, a conservação e a gestão das águas na Região Nordeste. A preservação da Mata Atlântica e o cuidado com os recursos hídricos estão interligados.

Ricardo Braga é presidente da Ane. Ele explica que o principal objetivo da produção de mudas é a recuperação florestal, a compensação ambiental e a introdução de espécies nativas no paisagismo. Um exemplo é o caso de contrutoras que necessitam suprimir árvores para erguer uma edificação e devem compensar a ação com um plantio de um número superior de espécies nativas. Outro caso é o de empresas que querem replantar uma área regradada e precisem de mudas e de assistência técnica para o serviço. A Ane divulga, periodicamente, no site da instituição (www.aguasdonordeste.org.br) quais são as espécies disponíveis para comercialização. O viveiro florestal da ONG é cadastrado no Ministério da Agricultura e está habilitado a fornecer mudas de qualidade, produzidas a partir da semente de árvores matrizes mapeadas e monitoradas pela entidade. As mudas são comercializadas a partir de 20 centímetros até mais de dois metros de altura. 

O plantio das mudas é realizado com extremo cuidado e acontece em três etapas. O processo começa na sementeira, onde acontece a semeadura e a produção de plântulas, embriões vegetais que começam a desenvolver-se pelo ato da germinação. Em seguida, a muda já estabelecida segue para a área de crescimento sombreado, um local preparado para fornecer a quantidade certa de água, sol e sombra que a planta precisa para crescer. A terceira etapa é a área de crescimento e rusticidade. Neste estágio a plantinha já crescida é colocada em um ambiente semelhante ao que será submetida quando for para o plantio definitivo.

Braga detalha que toda produção do viveiro florestal da Ane é realizada de acordo com práticas sustentáveis e limpas. As sementes têm origem conhecida e são de biomas da região Nordeste. O adubo utilizado é natural e sem fertilizantes químicos (sintéticos). A irrigação é feita com água captada e bombeada de lençol freático, cuja recarga é mais rápida, além de não utilizar recursos da Compesa. O crescimento das mudas jovens acontece sob a sombra de copa das árvores, o que evita que estruturas físicas precisem ser construídas. O enrustecimento das mudas maiores, por sua vez, acontece em pleno sol e aproveita as áreas abertas já existentes no local, sem que tenha sido feito desmatamento.

Ao adquirir mudas da Ane, o interessado estará também contribuindo para a manutenção das atividades da ONG. No momento, o viveiro florestal não conta com nenhum patrocínio privado ou subsidio público e precisa se manter funcionando por meio de recursos próprios.

O viveiro tem também uma função secundária de ser um ambiente de educação. O espaço conta com estagiários remunerados e voluntários do ensino fundamental, médio e universitário, que aprendem sobre práticas relacionadas com o solo, a água e as plantas.

Serviço:
Agência Águas do Nordeste
(81) 3105-2307

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