Problemas oculares são tão comuns que certamente você conhece alguém que tenha ou, pelo menos, já ouviu falar em miopia, astigmatismo e hipermetropia. Quase 25% dos brasileiros usam óculos para corrigir algum desses erros, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO). Mas, afinal de contas, o que são? A médica oftalmologista do Hospital dos Olhos de Pernambuco (Hope), Dra. Michelle Gantois, explica as principais características dessas irregularidades. Em todos os casos as falhas podem ser corrigidas através do uso de óculos ou lentes de contato. O grau indicado pelo oftalmologista tem o poder de mudar o ponto de convergência dos raios de luz que penetram no olho, fazendo com que a imagem seja formada no local correto: na retina. Há ainda a possibilidade da cirurgia refrativa, mas tudo vai depender das especificidades do paciente. Veja as principais dúvidas:
O que é miopia?
Quem tem miopia sente dificuldade para enxergar de longe. Isso porque o foco da imagem se projeta antes da retina. A visão fica turva e aumenta o diâmetro para trás. “De 30% a 40% da população asiática tem esse problema. É uma falha ocular muito comum entre os asiáticos e descendentes”, explica Michelle Gantois.
O que é hipermetropia?
Já no caso da hipermetropia o indivíduo tem dificuldade para enxergar de perto, segundo Dra. Michelle. “Nesse caso, a imagem se forma antes da íris.” Normalmente, pessoas com hipermetropia também possuem estrabismo, mais conhecido como vesgueira. “Elas têm desvio para dentro, o que chamamos de estrabismo convergente”, explica.
O que é astigmatismo?
O astigmatismo, frequentemente, é uma irregularidade na superfície da córnea, mas a irregularidade também pode estar no cristalino do olho. “A imagem se forma em vários pontos da retina e a dificuldade existe tanto para enxergar de perto, quanto para longe”, conta Michelle. O astigmatismo também está relacionado à doença ocular ceratocone, que a degeneração da córnea, ocasionada pela vista cansada, dentre outra fatores.
O paciente terá que usar óculos para sempre?
“Depende dos vários fatores inerentes à condição do paciente. Pode acontecer de o grau diminuir com o passar do tempo, pode ser que aumente. Não é algo imutável. Por causa disso, dependendo do paciente, ele pode, sim, deixar os óculos ou ter que usar para sempre”, explica Dra. Michelle, que ressalta ainda a possibilidade de se fazer a cirurgia refrativa. “Mas que também vai depender do paciente.” Por isso é importante o acompanhamento oftalmológico, pelo menos, uma vez por ano. Assim, é preciso manter o tratamento adequado.
Informações da 4 Comunicação e assessoria
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