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Dormir pouco aumenta risco de câncer de próstata, revela estudo

Homens de até 65 anos que dormem menos de cinco horas por noite têm o risco 55% maior de morrer da doença.

A insônia já virou uma epidemia mundial. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% da população enfrenta dificuldades para dormir. Além de trazer prejuízos para a saúde, como fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração e memorização, e hipertensão, o problema também pode ser um fator de risco para o aparecimento do câncer de próstata. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela American Cancer Society, nos Estados Unidos.

Segundo a pesquisa, homens de até 65 anos que dormem menos que cinco horas por dia podem ter até duas vezes mais chances de desenvolver o câncer. Os pesquisadores analisaram dados de dois grupos. O primeiro era formado por 407 mil homens, entre 1950 e 1972. Já o segundo contou com mais de 416 mil, entre os anos de 1982 e 2012. Nenhum dos participantes tinha câncer quando iniciaram o estudo, mas durante o período de acompanhamento 1.500 que fizeram parte do primeiro grupo e mais de 8.700 do segundo morreram em decorrência do câncer de próstata.

Os pesquisadores então estudaram o sono dos participantes. Eles chegaram a conclusão de que os homens com menos de 65 anos que dormiam entre três e cinco horas por noite tinham o risco 55% maior de morrer de câncer de próstata, quando comparado aos que dormiam 7 horas. Embora a ligação entre o sono limitado e o câncer não seja exata, sabe-se que dormir pouco bloqueia os genes que nos protegem contra o crescimento de tumores e a falta de sono pode inibir a produção de melatonina, hormônio que regula o ciclo do sono.
“Baixos níveis de melatonina podem contribuir para mutações genéticas e enfraquecimento do sistema imunológico, que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer de próstata”, afirma o urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana Recife.

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