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Dicas da Pediatra: Suicídio na Adolescência

Por Viviane Valença*

Aproveitando o Setembro Amarelo, mês dedicado à prevenção do suicídio, resolvi falar um pouco sobre esse tema tão delicado e preocupante.

O suicídio está em nono lugar como causa de morte nos Estados Unidos. (Não encontrei estatística atualizada do Brasil). Nos jovens, entre 15 e 24 anos, assume o terceiro lugar. O maior número de tentativas acontece no sexo feminino, mas o maior número de tentativas levadas a cabo é liderado pelo sexo masculino. Essas taxas aumentam nos jovens com comportamento homossexual ou bissexual.

A identificação de indicadores de uma posição suicida que possibilite a prevenção é uma preocupação constante. No entanto, justamente nesse período, cheio de instabilidades, de quebras e reconstruções de ideais, de tropeços constantes com o real do corpo e dos acontecimentos, é muito difícil fazer essa identificação. Precisamos estar atentos aos anseios dos jovens, abertos às suas formulações, a acolher a fala do adolescente, para conseguirmos prever situações particulares de risco, a partir da escuta do próprio adolescente.
Alguns indicadores são: (lembrando que não existe uma "precisão matemática")

- Comportamento em classe: queda na produção e rendimento, pouca concentração, faltas sem justificativa, comportamento rebelde repentino, temas sobre a morte frequentes, perda de interesse em atividades anteriormente prazerosas.
- Comportamento interpessoal: abandono das relações, mudanças repentinas nas relações, evitar envolvimento social ou com amigos, não querer ser tocado. Também podemos incluir aqui a perda de uma pessoa querida, suicídio recente de amigo ou parente, fim de namoro, exposição à violência ou estupro e situações de desapontamento ou humilhação. 
-Situações físicas: abuso de drogas, gravidez indesejada.
- Expressões verbais de tentativa de suicídio ou depressão: colocações diretas de intensões ou formulações indiretas do tipo "ninguém se importa se estou vivo ou morto".
-Comportamento em casa: depressão ou doença mental na família, incesto ou abuso, relacionamento parental conflitante, falta de comunicação, exagerada pressão no sentido de desempenho. 

Em resumo, PRESTEMOS ATENÇÃO EM NOSSAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES!!
Devemos estar sempre atentos aos menores sinais, abertos ao diálogo, e, se tivermos dificuldade em saber o que fazer, não exitar em procurar ajuda, conversando com um médico de nossa confiança, para ajudar a encontrar um caminho.

*Viviane Valença é Médica Pediatra e atende na Clínica Viviane Valença, localizada na Rua Dom Pedro I, Nº 64, Bairro Dona Dom, em Santa Cruz do Capibaribe - PE. Telefone:(81) 3731-4430.

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