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Doença de Outono: fique atento à sinusite

Doença traz consequências graves, principalmente, entre as crianças. Por causa da instabilidade do clima, a sinusite é comum durante o Outono.

Principalmente durante a infância – devido ao início do período escolar e ao próprio sistema imunológico em formação – doenças como gripes e resfriados são bastante comuns durante o Outono. Uma patologia que merece destaque é a sinusite, que muitas vezes passa despercebida pelos pais e causa inúmeros transtornos.

A sinusite é a inflamação da mucosa que reveste os seios da face. Pode ser classificada como aguda, quando rapidamente provoca sintomas, ou crônica recorrente, quando as crises vão e voltam. Como possui variados sintomas, na maioria das vezes semelhantes aos de um resfriado, muitos pacientes não chegam a saber que possuem a doença. Dores de cabeça, tosse intensa, principalmente no período noturno, e obstrução nasal são algumas de suas características.

Na infância, a tosse pode ser o primeiro sintoma da sinusite e é o principal elemento para um diagnóstico preciso. Uma parcela significante das crianças que tossem e são tratadas com xaropes comuns expectorantes e antitussígenos, sem melhora, devem ser encaminhas para investigação de sinusite. Segundo a otorrinolaringologista Naiara Amorim, o sintoma da tosse aparece mais quando estão deitadas. “Isso ocorre porque as secreções caem do nariz e cavidades dos seios da face na faringe e provocam uma reação de estímulo no centro da tosse com a finalidade de eliminar um corpo estranho. Nesses casos, a tosse é quase sempre seca, irritativa. A criança dorme mal, tem sono agitado e tosse por muito tempo”, explica. Apesar de ser mais noturna, não é raro manifestar-se pela manhã, ao levantar. Pode estar também associada à obstrução nasal e cefaleia ao acordar.

O tempo habitual de uma infecção viral, sem complicações, é de 5 a 7 dias, com um pico de intensidade e melhora gradual. A persistência de alguns sintomas respiratórios, como secreção nasal, tosse, obstrução nasal, dor de cabeça e febre por mais de 10 dias, sem sinais de melhora, apontam para uma infecção bacteriana do nariz e seios paranasais (rinossinusite aguda). Por outro lado, crianças com secreção nasal purulenta e febre alta (normalmente acima de 39°C) que dura mais de 3 a 4 dias, devem ser avaliadas por otorrinolaringologista para definir uma possível infecção nasosssinusal bacteriana, na tentativa de evitar suas potenciais complicações, como celulites e abscessos na região de olhos e cérebro, que são potencialmente graves.

Quando a infecção possui duração mínima de 12 semanas permanece incerta, devido a sintomas que incluem secreção nasal amarelada, obstrução nasal, secreção posterior retrofaríngea (secreção que desce do nariz para a garganta), tosse, mau hálito, dor de cabeça, alterações de comportamento, como irritabilidade e alterações do padrão de sono, com sono mais agitado. É importante lembrar, ainda, que algumas crianças podem apresentar comprometimento dos ouvidos em decorrência da rinossinusite, visto a proximidade das estruturas envolvidas.

Os tratamentos mais comuns costumam ser antibiótico, anti-histamínicos, corticóides tópicos e sistêmicos, descongestionantes, lavagem nasal, mucolíticos e expectorantes. Sendo imprescindível o acompanhamento da Pediatria e a critério médico a avaliação de um especialista em otorrinolaringologia.

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