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No Dia Mundial da Visão, oftalmologista alerta para aumento de casos de conjuntivite sazonal provocada por pólen

Dra. Marília Medeiros / divulgação.

Nesta quinta-feira (13), o Instituto de Olhos do Recife – IOR comemora o Dia Mundial da Visão. A entidade chama a atenção para a importância da saúde ocular, especialmente na primavera. “Nesta estação do ano, a gente vê muito a proliferação de casos de conjuntivite alérgica, por causa do pólen, que às vezes se agravam por falta de atenção. Daí o nosso alerta nessa data, para que as pessoas se previnam e priorizem os cuidados com a sua visão”, destaca a oftalmologista do IOR, Marília Medeiros.

As alergias oculares são bastante comuns e a conjuntivite sazonal é a forma mais frequente, sendo associada à rinite em até 65% dos casos. Responsável por um processo inflamatório na conjuntiva – membrana que reveste o globo ocular - a conjuntivite alérgica pode ser causada por alérgenos aerotransportados, dentre eles, o pólen das árvores, ervas e sementes.

O quadro varia bastante de sintomas, desde coceira e vermelhidão, a inchaço e secreção. “Os olhos reconhecem o pólen como um corpo estranho e, quando expostos em excesso, o sistema imunológico do paciente reage e libera substâncias que geram uma hipersensibilidade, ou seja, uma alergia”, explica a doutora Marília.

De acordo com ela, a alergia ao pólen é relativamente fácil de identificar. “O paciente apresenta um quadro muito característico, pois, além da conjuntivite, há espirros, prurido nasal e problemas respiratórios”. O diagnóstico deve ser feito por um oftalmologista por meio do histórico clínico do paciente, dos sintomas, do exame físico, dentre outros procedimentos.

Outro tipo é a conjuntivite crônica, que é mais comum entre crianças e de tratamento mais difícil. “Ela merece atenção redobrada, porque é mais grave e pode deixar sequelas importantes, inclusive com baixa de visão acentuada, se o paciente for acometido cronicamente, por anos a fio”, comenta a oftalmologista.

CONTROLE – O tratamento da conjuntivite sazonal envolve o controle ambiental e preventivo, tendo que o paciente usar óculos de sol e outras medidas para proteger seus olhos do contato com o pólen. “Também prescrevemos medicamentos, como colírios e anti-histamínicos, para aliviar os sintomas e promover a cura”, diz a oftalmologista.

Outros elementos que podem provocar conjuntivite alérgica são os ácaros do pó doméstico, descamações epiteliais de pets, esporos de mofo, baratas, partículas de látex e alguns alérgenos alimentares.

A doutora Marília reforça ainda que qualquer pessoa pode ter conjuntivite alérgica, em qualquer fase da vida. Entretanto, crianças, adolescentes e adultos jovens acabam sendo mais propensos que outros grupos. “O importante é que, assim que perceber os primeiros sintomas, o paciente procure um oftalmologista para ser diagnosticado e seguir corretamente o tratamento”, orienta.

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