
Segundo a pasta, o objetivo da medida é maximizar o “potencial de cada criança”, englobando aspectos como crescimento físico e “maturação neurológica, comportamental, cognitiva, social e afetiva, que poderão ser prejudicados pela microcefalia”.
O ministério informou que o acompanhamento a crianças será feito por profissionais de estabelecimentos que já existem na rede pública (centros especializados de reabilitação, núcleos de apoio à saúde da família e ambulatórios de seguimento de recém-nascidos).
A pasta não descarta aumentar o repasse a essas unidades em caso de necessidade, inclusive chamando profissionais por meio do programa Mais Médicos.
“O grau de sucesso vai depender da gravidade da malformação causada pelo zika”, afirmou o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame. “Quanto maior o dano, menor as chances de ter um melhor resultado. Mas todas as crianças deverão ser estimuladas.”
A microcefalia é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. A malformação é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 32 cm – o esperado é que bebês nascidos após nove meses de gestação tenham pelo menos 34 cm.
Na semana passada, o Ministério da Saúde disse investigar as mortes de 19 crianças com suspeitas de microcefalia desde o início do ano até o dia 5 de dezembro em oito estados do país e se esses possíveis casos de malformação têm relação com o zika vírus. Em uma semana, o número de casos suspeitos de microcefalia passou de 1.248 para 1.761, um aumento de 41%.
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