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Brasileiros que vivem no Japão pedem mais apoio do governo

Representantes dos cerca de 254 mil brasileiros que vivem no Japão querem que o governo brasileiro negocie a criação de escolas bilíngues no país (em japonês e em português), acelere a tramitação do Acordo da Previdência, que aguarda aprovação nos parlamentos dos dois países, e busque meios para permitir que eles atuem como autônomos nas cidades japonesas.

A comunidade brasileira fez os pedidos neste sábado ao ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que está em Tóquio. Na reunião com o chanceler, os brasileiros afirmaram que muitos dos que estavam no Japão se viram obrigados a retornar ao Brasil por causa da crise que o país enfrenta. Um dos principais motivos de preocupação dos brasileiros é com a Previdência Social.

Pelo acordo negociado no ano passado, todos os residentes no Japão, japoneses ou estrangeiros que estiverem inscritos nos sistemas de Seguro e Previdência do país, contribuindo regularmente, terão direito a receber a pensão básica, no futuro, se permanecerem no Japão.O texto estabelece que a contribuição deve ser paga até o contribuinte completar 65 anos de idade. No caso de doença ou acidente que o deixe inválido pelo resto da vida, o contribuinte tem direito de receber a pensão básica enquanto estiver no Japão.

O assunto foi tema também da reunião de Patriota com o ministro das Relações Exteriores do Japão, Takeaki Matsumoto. No encontro, o chanceler lembrou a Matsumoto que os brasileiros representam o terceiro maior grupo estrangeiro no Japão - atrás apenas dos chineses e coreanos.

Solidariedade por tragédia japonesa

Patriota foi ao Japão para levar a mensagem de solidariedade da presidente Dilma Rousseff ao povo e ao governo japoneses devido à tragédia ocorrida em março no país, provocada pelo terremoto seguido por tsunami. Tanto com o chanceler japonês quanto com os brasileiros, ele se disse orgulhoso "pela maneira desprendida e solidária" com que a comunidade do Brasil ajudou nesta tragédia.

Não há registro de brasileiros entre as vítimas, mas pelo menos 777 viviam nas áreas consideradas de risco. O último levantamento, divulgado pela Agência Nacional de Polícia do Japão, informou que a tragédia provocou 13.456 mortos e 14.867 desaparecidos. Segundo a agência, aproximadamente 139 mil pessoas ainda estão em abrigos provisórios nas regiões de Miyagi, Iwate e Fukushima.

Na conversa com Matsumoto, Patriota relembrou a história das relações entre os dois países, que se tornaram mais intensas em 1908, com o início da imigração japonesa no Brasil. Nas cidades brasileiras está a maior comunidade japonesa no exterior, com cerca de 1,5 milhão de pessoas. A maior parte dos imigrantes chegou ao Brasil depois da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Agência Brasil

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