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Trabalho de homem, sim, senhor

Fonte: Alinhavando o Futuro Do JC On line Por: Carlos Marciel

Para quem acha que corte e costura é coisa só para mulher, está muito enganado. Esse preconceito enraizado no "Nordeste de cabra macho" está longe de fazer parte da realidade do Polo de Confecções do Agreste pernambucano. Em Toritama, cidade distante pouco mais de duas horas da capital Recife, grande parte dos mais de 120 mil empregos diretos e 360 mil indiretos é formada por homens.Muitos deles - eletricistas, mecânicos, frentistas, entre outros - que trocaram uma profissão que exerciam há anos, para abraçar um setor que garante muito mais lucro.

Joseíldo Martins que o diga. Ex-borracheiro, ele largou a atividade para enfrentar a linha e a agulha. "Quando eu vi, tinha muitos amigos trabalhando na confecção e ganhando bem. Então eu também resolvi aprender e apostar no setor e hoje não me arrependo. Consigo ganhar até mil reais por mês, dependendo da produção, dinheiro que eu teria que passar três meses para conseguir na borracharia", diz. O panorama também se repete nas demais cidades que fomentam o Arranjo Produtivo Local (APL).

Formado em Ciências Sociais, José Dalvino da Silva também encontrou na confecção a maneira de turbinar seus sonhos. Em Santa Cruz do Capibaribe ele começou da mesma maneira que muitos na região: trabalhando para os outros e aprendendo o que precisava para abrir o próprio negócio.

À frente do seu empreendimento - Dalmonboy – José Dalvino hoje conta com dez funcionários responsáveis por uma produção que é escoada em cinco boxes no Moda Center Santa Cruz, a maior área de compras de confecções do Brasil. "No começo foi aprendizado mesmo. Depois que conheci as técnicas e o mercado, resolvi que estava na hora de andar com as próprias pernas. Agora vêm os desafios da concorrência, onde inovar é uma questão de sobrevivência", diz ele, lembrando que, pela primeira vez, participará da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana. O objetivo? Ganhar novos mercados.

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