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O açude de Boqueirão passou 6 meses e 18 dias sangrando, segundo o Dnocs.

Após 198 dias, o açude Epitácio Pessoa, localizado no município de Boqueirão, no Cariri paraibano, parou de sangrar nesta sexta-feira (23). Desde março, foram seis meses e 18 dias com um volume de água superior a sua capacidade máxima, que é de 411 milhões de metros cúbicos.

Segundo Everaldo Jacobino de Moura, chefe do Posto de Operação Epitácio Pessoa do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), a última vez que o açude de Boqueirão, como é conhecido, tinha chegado a um período de sangria tão longo foi em 1985. “Em 1985 tinha sido um tempo recorde, exatamente com 6 meses e 18 dias, igual ao tempo registrado este ano”, disse.

A orientação da Agência Executiva de Gestão de Águas da Paraíba (Aesa) é que a população faça um uso racional da água, pois neste período com a elevação da temperatura, o reservatório perde por evaporação cerca de 3 milhões de metros cúbicos por mês.

O cálculo é do gerente de Bacia Hidrográfica da Aesa, Isnaldo da Costa, “nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, o açude tem uma demanda mensal em torno de 10 milhões de metros cúbicos, incluindo o abastecimento das cidades, a irrigação e evaporação, mas este número varia de acordo com a temperatura ou nebulosidade”, explicou.

De acordo com Everaldo, ainda existe o uso irregular das águas do açude de Boqueirão nas atividades de irrigação. “No local, aproximadamente, 300 usuários da região utilizam os recursos hídricos sem outorga, que deve ser liberada pela Agência Nacional de Águas (ANA), estamos tentando regularizar a situação deste pessoal, para controlar o uso”, afirmou.

“É importante ressaltar sempre a questão do uso racional dos recursos hídricos, muitas pessoas ainda continuam esbanjando água, lavando veículos ou calçadas com mangueiras”, alertou Isnaldo.

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