Slide

10/recent/ticker-posts

Por que só as “pesquisas internas” são corretas?

Com raras exceções, escreve Inaldo Sampaio, candidato a cargo eletivo acredita em pesquisa porque o seu índice de acerto é muito superior ao de erro. Quando a pesquisa lhe é favorável, ele não costuma fazer reparos. Diz que os números estão corretos “porque batem exatamente com o clima das ruas”. Já quando os números são desfavoráveis, surgem logo os questionamentos e o que mais se ouve é: o pessoal da zona rural não foi pesquisado, a amostra foi muito pequena para o tamanho do eleitorado, etc.

Recentemente, porém, apareceu outro tipo de desculpa com que candidatos que estão em desvantagem procuram esconder o insucesso. São as tais “pesquisas internas”. Quando não se conformam com o mal desempenho, procuram enganar a eles próprios. Dizem que na “pesquisa interna” lideram a corrida como se o caráter científico desta fosse diferente do da “pesquisa externa”, encomendada para divulgação. Esse argumento tem sido utilizado por gente de todos os partidos.

Mas pergunta-se então: por que a “pesquisa interna” está correta e a “pesquisa externa” está errada? É uma conclusão ilógica que só cabe na cabeça dos inocentes. Pesquisa não admite meio termo. Ou está certa ou está errada. No entanto, se for realizada com critério, refletindo fielmente o universo pesquisado, não tem como dar errado. É claro que não é infalível. Mas raros foram os erros cometidos ao longo da História pelo Ibope, Datafolha e Vox Populi, os três de maior prestígio.

Postar um comentário

0 Comentários