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Nestlé diz que encontrou carne de cavalo em produto fornecido pela JBS

Escândalo da carne de cavalo da Europa atingiu a Nestlé e a brasileira JBS

Autoridades encontraram DNA de cavalo em carnes de produtos congelados, como lasanha e hambúrguer.


A Nestlé divulgou nota nesta segunda-feira (18) dizendo que encontrou carne de cavalo misturada com carne bovina em um dos seus fornecedores. Segundo a empresa, a carne foi comprada por uma subsidiária do grupo brasileiro JBS.

Segundo a Nestlé, DNA de cavalo foi encontrado em carne bovina comprada da empresa alemâ H.J. Schypke. Essa empresa é fornecedora da JBS Toledo N.V, uma subsidiária da JBS na Europa. "Nossos testes encontraram traços de DNA de cavalo em dois produtos feitos de carne bovina pela H.J. Schypke. Os níveis encontrados estão acima do 1% indicado pela Agência de Segurança Alimentar da Europa, o que indica adulteração ou negligência", diz a Nestlé, em nota. A empresa anunciou que suspendeu a venda dos produtos suspeitos.

É a primeira vez que uma empresa brasileira é envolvida no escândalo da comercialização fraudulenta de carne de cavalo, que até o momento só atingiu companhias europeias. O escândalo começou no Reino Unido em janeiro, quando a agência que regula o comércio de alimentos no país encontrou DNA de cavalo em hambúrgueres congelados de quatro marcas vendidas em supermercados. Os produtos eram vendidos como se fossem 100% carne bovina.

Em fevereiro, autoridades detectaram carne de cavalo nos produtos comercializados pela fornecedora francesa Comigel. A empresa fornecia carne para a Findus, que vende lasanhas congeladas. Testes feitos com a lasanha Findus detectaram que, em algumas embalagens, mais de 90% da carne presente no produto era de origem de cavalo.

O escândalo rapidamente se espalhou pela Europa, quando agências sanitárias dos países europeus passaram a testar o DNA dos congelados. Autoridades encontraram DNA de cavalo em lasanhas de carne bovina em vários países, como Reino Unido, Irlanda, França, Alemanha, Suécia, Noruega, Suíça e Áustria. Investigações indicam que a carne de cavalo é originária da Romênia, e que passou pelo Chipre e Holanda antes de ser processada na França. Ainda não se sabe em que ponto da cadeia de fornecimento a carne de cavalo foi misturada com carne bovina.

A agência europeia de alimentação ordenou uma nova rodada de testes nos produtos vendidos na Europa - a terceira desde o início do escândalo. Na última rodada de testes, finalizada na sexta-feira, a agência disse que encontrou carne adulterada em 2% dos produtos avaliados.

Segundo agências sanitárias, o consumo de carne de cavalo não é prejudicial à saúde humana.

Fonte: Época

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