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Bioma Caatinga ganha proposta para criação da Unidade de Conservação Tatu-Bola


Após visitas técnicas a área, reuniões de negociação, e estudos realizados, a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), em parceria com a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), concluiu a proposta técnica para criação da maior unidade de conservação do bioma Caatinga, no Sertão do São Francisco. O documento prevê a transformação de 80.997,53 hectares no Refúgio de Vida Silvestre Tatu-Bola.

Nesta quinta-feira (7) e sexta-feira (8), o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Carlos Cavalcanti, estará em Petrolina, onde fará a entrega oficial do documento aos prefeitos dos municípios diretamente beneficiados com a iniciativa - Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista, onde está localizado o território a ser preservado. A reunião com os prefeitos será na sede da Prefeitura de Petrolina, às 9h. “Avançamos na construção da proposta técnica e, agora, é seguir o curso do processo de criação desta que será, sem dúvida, uma grande referência de preservação da biodiversidade no Estado, além de ser a primeira Unidade de Conservação do país com o símbolo do tatu-bola, legado da Copa 2014”, afirma o secretário Carlos Cavalcanti. 

Já nos próximos dias 19 e 20 de agosto, a proposta será apresentada em consulta pública nos municípios de Santa Maria da Boa Vista e Lagoa Grande. Carlos Cavalcanti destaca, ainda, que a importância da criação do Refúgio de Vida Silvestre Tatu-Bola, consiste no fato de que o bioma Caatinga apesar da sua importância ambiental, social e econômica para o desenvolvimento da região, tem sofrido uma acelerada degradação. E a criação dessa unidade de conservação, além de se constituir a maior área protegida do Estado será a primeira na Região do São Francisco e possibilitará uma série de ações com vistas à recuperação e proteção do bioma.

Também, a definição pela categoria de Refúgio de Vida Silvestre merece destaque por conta de ser área de ocorrência de espécies endêmicas, raras, vulneráveis e ameaçadas de extinção, como o tatu-bola. E de pombais, redutos de ninhos feitos diretamente no solo da Caatinga, que indica a necessidade de conservação do ambiente frágil. “Além disso, os técnicos identificaram a grande quantidade de assentamentos rurais, presentes no entorno, como forma de incentivar a produção sustentável vinculada aos objetivos da Unidade, como, por exemplo, a agroecologia”, acrescenta o secretário executivo, Helvio Polito, que coordenou o trabalho técnico.

Depois das audiências públicas, quando sugestões e ajustes necessários serão agregados, a proposta será encaminhada ao Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), no dia 29 de agosto, para possível aprovação final e, posteriormente, o governador João Lyra, por meio de decreto, deverá oficializar a criação da nova UC.   


Unidades de conservação estaduais no bioma caatinga
Nome
Localização
(municípios)
Área
(ha)
Documento
de criação
Parque Estadual Mata da Pimenteira
Serra Talhada
887,24
Decreto Estadual
nº 37.823/2012
Estação Ecológica Serra da Canoa
Floresta
7.598,71
Decreto Estadual
nº 38.133/2012
Parque Estadual Serra do Areal
Petrolina
1.596,56
Decreto Estadual
nº 40.550/2014
Refúgio de Vida Silvestre Riacho Pontal
Petrolina
4.819,63
Decreto Estadual
nº 40.552/2014
Monumento Natural Pedra do Cachorro
Tacaimbó, Brejo da Madre de Deus e São Caetano
1.378,67
Decreto Estadual
nº 40.549/2014
Refúgio de Vida Silvestre Tatu-bola
Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista
80.997,53
Em processo de criação
Área total protegida no bioma caatinga em Pernambuco
16.280,81

Área total protegida no bioma caatinga em Pernambuco incluindo o RVS tatu-bola
92.278,34

% do bioma caatinga protegido em PE com UCs estaduais
0,2%

% do bioma caatinga protegido em PE com UCs estaduais incluindo o RVS Tatu-bola
1,2%

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