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Aterro Sanitário de Santa Cruz vira lixão a céu aberto e catadores, animais e urubus são atraídos para o local


A notícia que ganhou grande repercussão e gerou grande preocupação na população de Santa Cruz do Capibaribe nos últimos dias foi a condição em que se encontra o aterro sanitário do município. Nesta quinta-feira (14), a equipe do Blog Merece Destaque foi ver de perto como está sendo feito o acondicionamento do lixo no local e foi possível constatar que realmente o aterro já ganhou aspecto de lixão. É possível ver lixo queimando em alguns pontos, barracos montados e pessoas em meio ao lixo catando materiais recicláveis, além de animais como cachorros e jumentos em meio ao lixo. O local também está repleto de urubus.


O aterro sanitário fica próximo ao sítio Cacimba de Baixo, na Zona Rural e moradores da localidade já estão preocupados com a queima de lixo no local, o que pode causar danos ao Meio ambiente e à saúde das pessoas.

"Em certas horas do dia a gente já sente daqui a catinga de fumaça do lixo queimando e a gente fica com medo de adoecer", conta um morador do sítio Cacimba de Baixo.

O lixo mal acondicionado significa poluição ambiental, risco à segurança da população. Porcos, aves, insetos (moscas, mosquitos, baratas, etc.), ratos e micro organismos permitem o aparecimento de doenças tais como: dengue, febre amarela, disenterias, febre tifoide, cólera, leptospirose, giardíase, peste bubônica, tétano, hepatite A ou infecciosa, malária, esquistossomose, etc.

Outro grave problema é o chorume do Lixo, que é o líquido proveniente da matéria orgânica em decomposição nos aterros sanitários. Por ser altamente poluente não pode ser disposto diretamente no meio ambiente, pois pode provocar a contaminação do solo, do lençol freático e de corpos d’água. É um resíduo escuro, viscoso e fétido e também atrai vetores de doenças, como moscas e roedores. Por esses motivos, o tratamento do chorume é essencial para evitar a contaminação do solo, das águas e, principalmente, de nós humanos. No aterro sanitário, o chorume é separado do material orgânico por um sistema de drenagem, seguindo em direção a lagoas de armazenamento temporário para depois ser recolhido e devidamente tratado, processo que não vem sendo feito no aterro sanitário de Santa Cruz.

O lixo pode provocar efeitos maléficos através de:

Agentes físicos – é o caso do lixo acumulado às margens de curso d’água ou de canais de drenagem e em encostas, provocando o seu assoreamento e deslizamentos;

Agentes químicos – a poluição atmosférica causada pela queima de lixo a céu aberto, a poluição do solo e a contaminação de lençóis d’água por substâncias químicas presentes na massa de resíduos;

Agentes biológicos – o lixo mal acondicionado ou depositado em local inadequado constitui um foco de proliferação de vetores transmissores de doenças.

É lamentável que a atual gestão municipal tenha deixado o aterro sanitário de Santa Cruz do Capibaribe, o qual funcionou por vários anos, voltar à condição de lixão a céu aberto e é necessário que providências urgentes sejam tomadas para reverter essa situação que oferece tantos riscos à saúde da população.

Reportagem e fotos: Almir Neves / Blog Merece Destaque

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