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Homem morre por 'doença do pombo' em Aracaju


Um homem morreu em decorrência da criptococose, conhecida como ‘Doença do Pombo’ no último sábado (10) em Aracaju. A doença foi confirmada na certidão de óbito.

Ele ficou internado por cerca de 10 dias em dois hospitais diferentes, e apresentou sintomas que chegaram a confundir os médicos, que de início acreditaram ser enxaqueca. Em algumas situações, as pessoas podem confundir os sinais da doença com uma gripe forte.

“Ele começou a se sentir mal no dia 23 de julho. Ele deu entrada seis vezes na emergência do Hospital Regional Dr. Jessé Fontes, em Estância, com enxaqueca e tontura. Na quinta-feira (1º) ele já entrou desmaiado e foi transferido para internação, onde foi medicado, fez um raio-x e foi dito que ele tinha pneumonia por conta da queixa e das dores nas costas. Mas não tinha pneumonia nenhuma. No sábado (3), ele foi perdendo a coordenação motora. Na terça-feira (6), ele foi fazer uma tomografia no Huse, em Aracaju, acabou não recebendo alta, foi entubado e me disseram que era essa doença. Contaram também que vinham tratando de bactérias e de vírus, mas na verdade era um fungo. No último sábado (10), ele teve duas paradas cardíacas e conseguiram reanimar, mas durante a terceira acabou falecendo”, disse Irene Leite, esposa do homem.

A Coordenação Estadual de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde (Covisa/SES) informou que não é de notificação compulsória não acompanha a situação.

A infecção é ocasionada por fungos que se proliferam nas fezes dos pombos e também em ocos de árvores. Eles se espalham pelo ar e o risco maior está em ambientes fechados, onde esses animais se abrigam. Após ser inalado pelas pessoas, o fungo se instala no pulmão e, depois, migra para o sistema nervoso central.

Em entrevista, a infectologista Rosana Richtmann disse que a rápida reprodução dos pombos dificulta o controle da doença em grandes cidades. "As fezes ressecadas dos pombos, espalhadas pelo vento, podem ser inaladas e causar doenças", declarou. A ordem é evitar o contato com animais e lugares de concentração dos pombos.

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