Slide

10/recent/ticker-posts

Novembro laranja faz alerta: conviver com o zumbido não é “normal”

O som incômodo pode atingir o volume de até 100 db, próximo do barulho de uma motocicleta, afirma especialista.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 278 milhões de pessoas em todo mundo sofrem com o zumbido, o distúrbio tornou-se mais comum que doenças como asma, diabetes ou Alzheimer e mesmo assim não é tão conhecido pela população. Por isso, desde 2006, a comunidade médica escolheu o mês de novembro para falar sobre o assunto. “O zumbido é uma sensação sonora não relacionada a uma fonte externa de estimulação. Pode apresentar-se na forma de apito, concha , panela de pressão, chiado ou cachoeira”, conta Ana Elizabeth, otorrinolaringologista da HOPE. As referências mais citadas são a cigarra e apito. 

Em uma situação normal, as vias auditivas captam as vibrações geradas pelos sons no ambiente e os enviam na forma de impulsos elétricos para o cérebro. O distúrbio é caracterizado quando essas vias auditivas passam a enviar os impulsos mesmo sem haver um estímulo sonoro. A grande dificuldade para o tratamento do zumbido é localizar o que leva a essa emissão indiscriminada de impulsos, já que se trata um sintoma, não doença em si. Infecções, excesso de cera ou lesões no ouvido podem causar o problema, contudo, uma série de fatores aparentemente aleatórios podem dar origem a esse sintoma. Desvios na coluna, diabetes, disfunções da mandíbula e consumo excessivo de álcool e tabaco são um exemplo disso.

“A impressão de que o zumbido atinge mais os idosos não é verdadeira, mas tem uma explicação plausível: 90% dos casos têm como causa principal a perda auditiva. Logo, como isso ocorre com mais frequência na terceira idade, há casos de zumbido nessa faixa etária também” complementa Ana Elizabeth, destacando que o som incômodo pode aparecer em qualquer estágio da vida, em pessoas com audição normal ou não. Porém, existe uma relação com gênero ainda não explicada: a incidência é maior entre mulheres.

A dificuldade para identificar a origem do inconveniente criou o mito de que não há tratamento eficaz para o zumbido. Logo, os pacientes convivem por anos com privações de concentração, perda significativa de sono e outros desconfortos. “Para que possamos diagnosticar com mais exatidão, é feito uma bateria de exames capazes de identificar a origem do barulho. Os tratamentos propostos podem ser o uso de aparelhos auditivos específicos que proporcionam conforto e estética em um só aparelho” finaliza Ana. O diagnóstico precoce está diretamente relacionado com a recuperação eficaz do problema.

PARA CUIDAR DA SAÚDE AUDITIVA

  • Estimule seus ouvidos com baixo volume de sons suaves;
  • Reduza o contato do celular com o ouvido;
  • Evite automedicação;
  • Alimente-se de 4 a 6 vezes por dia, sem abusar de doces ou cafeína;

Música com fones de ouvido: evite passar da metade da potência do aparelho e 2h de uso continuo;

Em festas, shows e bares: use protetor de ouvido e faça intervalos (10min a cada hora). Não é “normal” sair com zumbido, caso ocorra, procure um médico.

Postar um comentário

0 Comentários