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Com aumento do uso de eletrônicos na pandemia, piscar olhos 15 vezes por minuto ajuda no combate ao olho seco

Oftalmologista Catarina Ventura destaca a importância de desviar olhar em alguns momentos.


Um estudo indiano do Hospital JK Lone chegou à conclusão que 65% das crianças estão viciadas em eletrônicos, como computador, videogame, smartphones e tablets. Esse levantamento teve o objetivo de estudar o impacto da quarentena na saúde das crianças. Porém, o excesso de uso de telas pode causar olho seco, uma deficiência de lubrificação na visão. De acordo com a oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, um gesto simples e “automático” ajuda a combater esse problema: os olhos devem piscar 15 vezes por minuto.

“Quando estamos focados, atentos, vendo TV, no celular, ou outros eletrônicos, piscamos em média cinco vezes por minuto. O ideal é que seja o triplo. Isso causa o olho seco. Esse problema acontece por usarmos a visão sempre de perto. O uso frequente dessas telas, mais de uma hora por dia, pode causar ainda ardência e desencadear em uma miopia. Outra dica é que desvie o olhar em alguns momentos, vá até a janela, dê uma andada pelo ambiente”, explicou a médica do IOFV.

Na pesquisa, os pais mencionaram que as crianças usam celulares, laptops, computadores e tablets disponíveis em casa. No entanto, o celular é a ferramenta mais utilizada. Os resultados mostraram que durante o período de bloqueio em função do coronavírus, um total de 65,2% dos estudantes relatou problemas físicos, 23,40% ganharam peso, 26,90% sofreram dores de cabeça/irritabilidade e 22,40% relataram dores nos olhos e prurido.

“É preciso interagir com as crianças, brincar com eles com atividades mais criativas. Sabemos que em alguns momentos é inevitável, o uso da tecnologia está presente, principalmente nesse período de pandemia, com as aulas virtuais. Então uma sugestão para amenizar os efeitos é o uso de um tablet maior ou de smart TV, e não ficar muito próximo da tela. Crianças até dois anos têm de ser evitado o máximo possível”, acrescentou Catarina.

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