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Bolsonaro não foi eleito personalidade do ano pela Revista Time; resultado só será divulgado em 13 de dezembro

Bolsonaro venceu enquete online entre leitores que perguntou quem eles pensam ser a pessoa ou grupo que teve a maior influência no ano - para melhor ou pior.

Presidente Brasileiro Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP.

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não foi eleito personalidade do ano pela Revista Time, assim como foi divulgado em vários sites. Bolsonaro venceu uma enquete on-line que perguntava quem deveria ser escolhido para a homenagem na revista. Foi nessa enquete aberta na Internet que Bolsonaro ficou em primeiro lugar após fãs do presidente se mobilizarem nas redes sociais para votar, graças a uma campanha impulsionada pelo próprio presidente desde novembro, junto a aliados, blogs e canais governistas.

Na tarde da terça-feira, 7 de dezembro, a revista divulgou o resultado da enquete, mas o resultado oficial sobre quem será escolhido como personalidade do ano só será divulgado na próxima segunda-feira, 13 de dezembro.

Vários canais divulgaram a notícia sem explicar que se tratava de uma votação popular on-line que não tem efeito prático sobre a escolha da personalidade. Postagens de grande alcance destacaram o título "Bolsonaro é eleito personalidade do ano pela revista Time", o que não é verdade.

Segundo a publicação da Time, dos mais de 9 milhões de votos lançados pelos leitores para quem eles pensam ser a pessoa ou grupo que teve a maior influência no ano - para melhor ou pior - Bolsonaro recebeu 24% dos votos.

Sobre Bolsonaro a Revista Time destacou o seguinte:

"O polêmico líder, que se candidatará à reeleição em 2022, está enfrentando uma desaprovação crescente sobre seu manejo da economia e enfrentou críticas generalizadas de políticos, tribunais e especialistas em saúde pública por minimizar a gravidade da COVID-19 e exibir ceticismo em relação à vacina. Mais recentemente, o Bolsonaro foi criticado pelo Supremo Tribunal Federal, que ordenou uma investigação oficial sobre os comentários do presidente em 24 de outubro, alegando falsamente que tomar as vacinas contra o coronavírus poderia aumentar a chance de contrair AIDS. (O Facebook e o Instagram retiraram a transmissão ao vivo dias depois de ela ter sido postada online, citando uma violação de suas regras.)". Um relatório do Senado brasileiro em outubro recomendou que o presidente fosse indiciado por várias acusações criminais por administrar mal a resposta do país à pandemia, que já matou mais de 600.000 pessoas no Brasil. Bolsonaro negou repetidamente qualquer irregularidade.

O segundo colocado na enquete como pessoa ou grupo que teve a maior influência no ano - para melhor ou pior foi o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Sobre Trump, a publicação da revista destaca o seguinte:

"O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump - que incitou os motins do Capitólio em 6 de janeiro e está pensando em outra disputa pela presidência em 2024 - ficou em segundo lugar na pesquisa dos leitores, com 9% dos votos".

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