Segundo ataque de onça-parda é registrado no Sertão de Pernambuco

Onça-parda é o segundo maior felino das Américas - Foto: Roland Brack/Divulgação.

A Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH) registrou um novo ataque de onça-parda no Sertão de Pernambuco, desta vez no município de Belém de São Francisco. O caso foi confirmado menos de uma semana após uma agricultora sofrer um incidente do tipo em Carnaubeira da Penha.

A CPRH soube do recente ataque nesta quinta-feira (18), mas não tem informações sobre quando aconteceu, tampouco do estado de saúde da vítima. Pela distância de cerca de 90km entre os municípios, a agência acredita que os incidentes não foram causados pelo mesmo animal.

Segundo a agência, o animal estava em vida livre em seu habitat natural e que, normalmente, a onça parda, bodeira ou suçuarana (Puma concolor) evita a interação com humanos.

A analista em Gestão Ambiental da CPRH, Joice Brito, pontuou que a caça ilegal pode ser um dos fatores da proximidade dessas onças com os seres humanos ou animais domésticos.

"Provavelmente, existe caça ilegal de presas que são alimentos da onça-parda nas áreas onde esses animais vivem. O que pode diminuir a ocorrência desses incidentes, é que as pessoas não pratiquem caça de animais silvestres ao redor dessas propriedades nesses municípios", explicou.

Ainda, orientou os produtores rurais da região que deixem os animais de criação e domésticos em local resguardado e próximo a área de boa iluminação no período noturno para evitar incidentes. "Isso evita que as onças cheguem perto dos animais de criação", afirmou.

A mesma orientação serve para as áreas com circulação de pessoas. "Recomendamos que, ao avistar o animal, não tente tirar foto, nem jogar pedra ou ir em direção a ele. Procure se afastar com cautela, porque os incidentes de onça-parda com humanos são raros e, de certa forma, esses dois incidentes são pontuais", concluiu.

ÚLTIMO ATAQUE

No último sábado, 13, uma agricultora de 58 anos foi atacada pelo animal enquanto estava cortando capim na zona rural de Carnaubeira da Penha.

"Ela me jogou, com as patas, ela é muito forte, gigante, eu caí no chão, de costas. Ela voou na minha perna e ficou mordendo. Rasgou minha calça", relatou Maria Inês Freire Barros de Sá.


Então, a mulher reagiu à investida. "Consegui apertar ela bastante na garganta e a joguei para dentro do capim e corri para a minha casa. Era perto de casa, quando olhei para trás ela só rosnou", continuou.

Então, Inês gritou e foi socorrida pelo filho até um hospital da cidade, onde está internada, em observação.

Informações do JC Online