"Sinto que os brasileiros estão se mobilizando para que tenhamos um segundo turno para que as coisas possam ser melhor esclarecidas, investigadas, apuradas e que se possa pensar duas vezes antes de entregar o futuro do nosso país (...) nas mãos de um dirigente que será escolhido", afirmou a senadora nesta terça-feira (14), em sabatina realizada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília.
De acordo com pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje, Dilma tem 50,5% das intenções de votos na pesquisa estimulada, contra 26,4% para José Serra (PSDB) e 8,9% para Marina Silva (PV). Os números apontam uma vitória da petista já no primeiro turno.
Marina Silva cobrou agilidade nas investigações sobre as denúncias, mas preferiu não fazer críticas diretas à sucessora da presidenciável Dilma Rousseff (PT) na Casa Civil. "As apurações é que levarão a um veredicto. Uma denúncia grave que aconteceu precisa ser adequadamente investigada e, se tiver culpados de tráfico de influência, devem ser punidos. Não vou fazer julgamento a priori de ninguém", disse Marina.
A ministra Erenice Guerra é acusada de ter viabilizado negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de propriedade do filho, Israel Guerra. Ele e a empresa Capital Assessoria e Consultoria Empresarial, à qual é ligado, fizeram lobby para ajudar a MTA a obter a renovação de uma concessão da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu um procedimento preliminar para apurar a conduta de Erenice após pedido da própria ministra. Além disso, o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, pediu à Corregedoria da polícia que analise o caso.
REFORMA POLÍTICA
A reforma política é tema principal de sabatina realizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os candidatos à presidência José Serra e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) já participaram do evento Dilma recusou o convite.
Marina voltou a defender uma constituinte exclusiva para o debate da reforma política e criticou a possibilidade de reeleição. A candidata do PV defendeu um mandato de 5 anos e a impossibilidade de se disputar um segundo mandato consecutivo.
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