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Pequenos negócios criam maior parte dos empregos, a maioria no interior do País

Por: Dilma Tavares

Da Agência SEBRAE de Notícias

Dos 5,8 milhões de negócios formais existentes no Brasil, 99,2% ou seja, mais de 5,7 milhões são micro e pequenas empresas. Elas empregam 52,3% dos 24,9 milhões trabalhadores com carteira assinada do País, o que corresponde a 13,1 milhões de empregados. Destes, 64,9%, o equivalente a 8,5 milhões, estão no interior.

Desses 8,5 milhões de empregos, a metade, 4,5 milhões, está no interior da Região Sudeste. O interior da Região Sul tem 2,2 milhões. No Nordeste são 967,7 mil; o Centro-Oeste tem 449,3 mil, ficando o Norte em último com 246,5 mil empregos no interior.

Essas são algumas das informações do mais recente Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, com dados de 2008 e 2009, produzido pelo Sebrae em parceria o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O estudo foi divulgado em agosto de 2010.

Participaram do lançamento o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e os diretores Técnico e de Administração e Finanças da instituição, respectivamente Carlos Alberto dos Santos e José Cláudio dos Santos. Também compareceu presente o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz.

O Anuário utilizou as principais bases de dados sobre emprego e renda no País, como a Pesquisa de Emprego e Desemprego do Dieese, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho e Emprego e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ele mostra, por exemplo, que de 2000 a 2008 aumentou de 4,1 milhões para 5,7 milhões o número de micro e pequenas empresas, o que significa um crescimento de 40%. Nesse período esses negócios também ampliaram a quantidade de empregados com carteira assinada, passando de 8,6 milhões para 13,1 milhões, o que representa 4,5 milhões de novos empregos com carteira assinada.

Mulheres

O anuário mostra que os homens ainda são maioria entre os trabalhadores das micro e pequenas empresas. Números de 2008 mostram que eles são 3,7 milhões na microempresa e 4,5 milhões na pequena empresa. Mas entre 2000 e 2008 esses negócios ampliaram a contratação de mulheres. Nesse período elas passaram, respectivamente, de 1,5 milhão para mais de 2,3 milhões nas microempresas e de 1,3 para 2,3 milhões nas pequenas empresas.

O aumento da contratação da mão de obra feminina foi registrado principalmente no setor do comércio e de serviços, seguido pela indústria. O Distrito Federal e as regiões metropolitanas de Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS) são as que mais empregam mulheres. As regiões metropolitanas de São Paulo e Recife as que têm a menor participação feminina no mercado de trabalho dos micro e pequenos empreendimentos.

Escolaridade

Outra mudança registrada: de 2000 a 2008 as micro e pequenas empresas passaram a contratar trabalhadores com grau de escolaridade mais elevado. Nesse período, a participação de trabalhadores com o ensino médio completo subiu, por exemplo, de 21,4% para 41,7%. A contratações de empregados com o terceiro grau completo teve uma leve alta, passando, respectivamente de 3,4% para 4,7% .

Essa foi a terceira edição do Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa. A primeira foi publicada em 2007 com dados de 2006 e a segunda em 2008 com números de 2007. “É o mais completo estudo que existe no Brasil sobre o mundo do trabalho nos micro e pequenos negócios”, resume o analista de gestão estratégica do Sebrae, Leonardo Mattar.

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