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Morre o técnico Maurício Simões

O futebol nordestino perdeu, nesta noite de terça-feira, um grande expoente da beira das quatro linhas. Morreu, aos 48 anos, Maurício Simões, ex-técnico dos times pernambucanos Santa Cruz, Central, Vitória, Vera Cruz e Salgueiro. O ex-treinador sofreu um infarto durante a tarde do último domingo e ficou internado em estado grave em Aracaju. 

Depois dos primeiros socorros no Hospital Primavera, seguiu ao Hospital Cirurgia, onde realizou uma operação longa (de aproximadamente dez horas) e delicada, incluindo aplicação de pontes de safena. Manteve-se desacordado durante os dias de tentativa de recuperação médica. Segundo a família, Simões teve os primeiros sintomas de dor enquanto dirigia o carro. Parou em um posto de gasolina para pedir ajuda. De lá, partiu para o hospital. A trágica notícia pegou de surpresa parentes e amigos.

Carreira
Maurício Simões tem uma longa história no futebol nordestino e paraibano. E não a toa era conhecido na região como "Rei do Nordeste". Dono de 12 conquistas estaduais em três estados diferentes, três deles foram na Paraíba. Maurício foi tricampeão paraibano consecutivo. Sendo que o primeiro deles em 2004 pelo Campinense e os dois outros em 2005 e 2006 pelo Treze.

Os dois títulos pelo Treze, por sinal, foram os dois últimos do treinador, que depois entrou em certa decadência e não conseguiu mais os mesmos resultados de antes. Ele trabalhou ainda no Nacional de Patos, quando assumiu o time no octogonal final da Série C de 2007, mas deixou o time na última colocação.

Tempos depois, trabalhou no Botafogo-PB, mesmo depois de ter se envolvido numa crise com o clube pessoense. Ainda como técnico do Galo ele chamou a torcida botafoguense de matuta e disse que João Pessoa era o quintal de Recife, sua cidade natal. Na época Maurício Simões recebeu o título de persona non grata pela Câmara Municipal de João Pessoa, mas anos depois, em 2009, foi responsável por uma campanha pífia do Belo no Campeonato Paraibano daquele ano.

Maurício Simões brilhou mesmo nas décadas de 1990 e no início do século 21. Ele foi campeão piauiense em 1994, 1997 e 1998 pelo Picus. E conquistou o Sergipano seis vezes pelos dois principais rivais do Estado: em 1995, 1996 e 2003 pelo Sergipe; e em 2001, 2002 e 2004 pelo Confiança.

Pernambucano de nascença, o treinador nunca teve títulos expressivos pelo Estado. Já treinou clubes como Santa Cruz, Central, Vitória de Santo Antão, Vera Cruz e Salgueiro. Como técnico passou ainda por clubes de Goiás, Maranhão, Alagoas, Rio Grande do Norte e teve até uma rápida passagem por Portugal.

Em 2011, ele retornou ao Campinense, para as disputas do Campeonato Paraibano de Futebol e para a Série C. Permaneceu no clube até ser contratado pelo Salgueiro, pernambucano que está na zona de rebaixamento do Brasileirão Série B. Após quatro rodadas sem conseguir uma reação, foi demitido, e estava sem clube até então.

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