Slide

10/recent/ticker-posts

Pais de bebê com braço gigante vão à Justiça

Nicole vivia com os pais na Rocinha, favela da zona sul do Rio.

Criança teria ficado das 10h às 17h à espera de ambulância para transferência.


ReproduçãoRedeRecord

Os pais de Nicole Vieira, o bebê de seis meses que tinha um braço gigante e morreu na última sexta-feira (22), estiveram no Balanço Geral RJ desta segunda-feira (25). Eles afirmaram que pretendem acionar a Justiça, já que a filha não teria recebido atendimento adequado no Hospital Miguel Couto e no HSE (Hospital Federal dos Servidores do Estado).

— Nicole era tratada regularmente no Hospital dos Servidores do Estado. Depois que o caso ganhou repercussão, fomos orientados a procurar a unidade imediatamente, em caso de emergência. Quando a nossa filha teve febre e o braço inchou, entramos em contato com o HSE, mas a médica disse que eu teria que levar a Nicole a um hospital da área, no caso o Miguel Couto, para que ela fosse transferida. A ambulância, que era para chegar às 10h no Miguel Couto, chegou às 17h. Nós vamos entrar na Justiça porque a demora agravou o caso da nossa filha e o Hospital dos Servidores não tinha que ter negado atendimento, já que a Nicole era tratada lá.

De acordo com o pai da menina, Flávio Cardoso, a filha não recebeu qualquer medicamento no Hospital Miguel Couto para amenizar a dor.

— A Nicole ficou das 10h às 17h sem tomar qualquer remédio. A única coisa que deram foi soro, depois de muita dificuldade para encontrar uma pequena veia. Às 11h da manhã, a veia estourou, o braço inchou ainda mais e continuou assim o dia todo. Às 17h, uma pediatra viu o estado da Nicole, tentou ressuscitá-la, mas já era tarde. A minha filha sofreu muito.



Por meio de nota da Secretaria Municipal de Saúde, a direção do Hospital Miguel Couto afirma que a paciente foi imediatamente internada no Centro de Tratamento Intensivo Pediátrico. Quanto à demora pela chegada da ambulância, a unidade diz que a transferência para outro hospital não reverteria o estado de saúde do bebê.

Já a direção do Hospital Federal dos Servidores do Estado informou que, em caso de urgência, os pacientes são orientados a procurar atendimento em um serviço de emergência mais próximo.

Nicole sofria de linfangioma – doença que impede o fluxo de oxigênio e provoca o crescimento de tumores benignos – e o motivo de sua morte foi uma hemorragia provocada pelo rompimento de uma veia no braço afetado pela doença. A criança foi enterrada no último domingo (24), no Cemitério São João Batista, na zona sul do Rio.

A criança ficou conhecida após a Rede Record apresentar a história do bebê, que precisava de ajuda para receber tratamento. Desde então, a família da criança passou a receber doações de anônimos e vizinhos na Rocinha, favela da zona sul carioca. Diversos pacotes de fralda, latas de leite, roupa e brinquedos doados ainda estão guardados na associação de moradores da Rocinha. De acordo com Ana Patrícia da Silva, tudo será doado para outras famílias que também estejam com dificuldades para criar os filhos.


Do R7

Postar um comentário

2 Comentários

  1. Como É triste depender do serviço público.
    Pessoas despreparadas e médicos ruins.

    ResponderExcluir
  2. Como É triste depender do serviço público.
    Pessoas despreparadas e médicos ruins.

    ResponderExcluir