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Juntos por AMOR a Santa Cruz: o papel do poder público em face aos novos desafios econômicos e sociais da nossa cidade

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Temos abordado, em nossas publicações, as mudanças na economia santacruzense ocorridas nos últimos 20 anos, quando os antigos sulanqueiros se desenvolveram e se tornaram empresários de sucesso. Essa nova realidade, contudo, implica em novos desafios, como a formalização dos negócios e das relações trabalhistas; ademais mudanças micro e macroeconômicas levaram ao aumento dos salários e à entrada de novos players, sobretudo estrangeiros, no mercado da moda do agreste pernambucano. Essas mudanças minaram o principal diferencial competitivo da antiga sulanca (o baixo preço) e deixaram nossa cidade em posição de alerta frente a uma nova realidade econômica. Já abordamos medidas de redução de custos, medidas de aumento de valor da mercadoria e, agora, abordaremos o papel do poder público no enfrentamento desses novos desafios para a quinta maior cidade do interior pernambucano.

Santa Cruz do Capibaribe é uma cidade maravilhosa, de um povo batalhador, que quer crescer pelo trabalho. Apesar de ser localizada em uma região desfavorecida pela natureza, apesar de ser esquecida pelas autoridades e apesar de não estar localizada em nenhuma rota importante, nosso povo encontrou sua solução na máquina de costura e fez de sua terra um motor econômico! Ganhou luz própria! Entretanto, infelizmente, nossa cidade padece de um grande mal, uma verdadeira doença, uma praga, um câncer que precisa ser extirpado: a politicagem. 

Para uniformizarmos nossos conceitos, descreveremos a politicagem como sendo o conjunto de atos e discursos, cujo objetivo é apenas defender os interesses pessoais dos políticos. Em Santa Cruz, os políticos, salvo poucas e louváveis exceções, visam apenas a seus próprios projetos pessoais, ao ocuparem cargos por vaidade ou por interesses escusos, e a população sofre muito com essa prática! Por outro lado, precisamos lembrar que o próprio povo é o responsável por essa postura, ao apoiar o voto cego, vendido ou por torcida, ao defender o partido como se defende um time de futebol, ao transformar as eleições em um verdadeiro balcão de apostas! Tudo isso desvirtua o processo eleitoral e enfraquece a política da cidade!

Existem dois lados principais na política, que disputam o poder, não pela própria vitória, mas pela derrota alheia! Impedir que o lado oposto faça alguma coisa pela cidade é o principal objetivo desses politiqueiros! Um absurdo, cuja conta fica para a própria população! Apesar de Santa Cruz ser a quinta maior cidade do interior de Pernambuco, atrás apenas de Caruaru, Petrolina, Garanhuns e Vitória de Santo Antão, recebemos investimentos muito inferiores a outras cidades! Alguns exemplos: Limoeiro já tem UPAE funcionando; Palmares recebeu um hospital novo, com UTI; Bom Jardim recebeu duas escolas de tempo integral; Surubim já tem alunos formados em sua escola técnica; a BR-232 até São Caetano já está duplicada há anos; a BR-101 para Palmares também foi duplicada; todos esses exemplos envolvem cidades menores do que a nossa! E existem muitos outros exemplos! Comparando com cidades do nosso porte, Garanhuns recebeu uma universidade, cinco escolas de tempo integral e uma faculdade de medicina, já Vitória recebeu um parque industrial e três escolas de tempo integral. 

Santa Cruz do Capibaribe recebeu apenas promessas, obras inacabadas, como a escola técnica, a UPA, a duplicação da estrada para Pão-de-Açúcar (PE-160), o Calçadão de 15 milhões de reais (pela belíssima foto aérea do Moda Center, observamos que o Calçadão mal consegue representar 10% do tamanho total), além da cadeia pública. Enfim, Santa Cruz está em grande desvantagem, mesmo se comparada a cidades menores! Para se ter uma ideia, recebemos apenas uma escola de tempo integral e empatamos com Mirandiba e Santa Maria do Cambucá neste quesito! 

Sou de família de empresários e aprendi que o cliente não aceita desaforo, por isso precisa ser bem tratado. Imaginemos agora um grupo de quatro mulheres saindo às compras de Recife. Elas chegam a Caruaru e já existe o Polo Comercial, mas elas estão empolgadas e decidem conhecer novos mercados e pegam a estrada para Toritama, a despeito de avisos quanto à violência da região. Chegando a Toritama, começa o engarrafamento e elas ficam paradas na estrada, onde se finda a duplicação da BR-104. Ficam apreensivas, mas chegam ao Parque das Feiras, onde almoçam. Imagine agora, o quanto de empolgação com as compras deve existir para que elas decidam enfrentar o engarrafamento até Santa Cruz, incluindo o risco de assaltos! 

Quando falamos em aumentar o valor do produto em uma publicação anterior, deixamos claro que a qualidade deixa de ser um diferencial e já passa à condição de indispensável. E quando falamos em qualidade, devemos pensar não apenas no produto vendido em si, mas também na chamada experiência de consumo, ou seja, no quanto é agradável fazer compras em determinado local e isso acaba sendo um diferencial competitivo relevante e fator que agrega valor a todos os produtos da cidade! Santa Cruz, por exemplo, já é mais distante, por isso precisa ser mais vantajosa para que os clientes troquem Caruaru e Toritama pelo Moda Center. Quando existe uma estrada ruim, ausência de serviços de saúde para uma emergência e uma violência absurda e inaceitável, os comerciantes santacruzenses têm de oferecer ainda mais vantagens para que os clientes decidam ir até a cidade! Ou seja, a omissão do poder público desvaloriza o produto santacruzense e reduz o lucro do comércio!

Foto aérea recente do Moda Center Santa Cruz: muitos carros estacionados em locais inadequados e a persistência do chamado Poeirão (mesmo após a pomposa festa de inauguração do Calçadão de Confecções, que ainda não está sendo utilizado) evidenciam o sucesso dos comerciantes e a omissão do poder público em fomentar essa economia.

Recentemente, o Moda Center bateu recorde de público, mas ouvi comentários de que muitos clientes vieram em busca do varejo. Essa mudança de perfil do cliente, consiste em mais uma janela de oportunidade para outros serviços, como postos de combustíveis, restaurantes, sorveterias, hotéis, enfim. A isso chamamos de indústria do turismo (no caso de Santa Cruz, turismo comercial), que precisa ser melhor explorada, uma vez que essa atividade pode ser a saída natural para as perdas, que serão inevitáveis, no ramo das confecções. O turismo consiste em uma atividade fomentadora de pequenos, médios e grandes negócios, sobretudo no setor de serviços, o maior gerador de empregos do mundo moderno. 

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Francisco Zacarias

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