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Irmão de Eduardo Campos questiona "falha humana"

O advogado Antônio Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, questionou nesta sexta-feira as informações reveladas pelo jornal O Estado de S. Paulo de que as investigações da Aeronáutica sobre o acidente, em agosto do ano passado, concluíram que falhas do piloto levaram à queda do avião Cessna, em Santos, litoral sul paulista. Em nota, ele afirma que os laudos do Centro de Prevenção de Acidentes Aéreos (Cenipa) tratam de possibilidades em relação ao acidente, mas não são conclusivos. Ainda de acordo com o advogado, que esteve em Santos na quinta-feira, laudos primam por recomendações quanto a procedimentos de prevenção de acidentes aéreos.

“É estranho que se tenha acesso às investigações da Aeronáutica e se divulgue conclusões antes da divulgação pelo órgão competente. (…) O Cenipa não está fazendo todas as perícias do caso e não pode ter uma visão global do acidente”, escreveu o advogado, que concluiu:

“ Após a divulgação oficial das conclusões das investigações da Aeronáutica, bem como a conclusão dos inquéritos civil e criminal em curso, iremos nos pronunciar sobre as causas do acidente. Até lá, é prematura a conclusão noticiada, até porque está pendente de conclusão relevantes perícias”.

Antônio Campos afirma ainda que teve uma audiência com o procurador da República Thiago Nobre, que prometeu a conclusão do inquérito policial e civil para fevereiro. Segundo ele, o procurador ainda aguarda a conclusão das perícias, que “poderão ainda não ser definitivas sobre o caso, podendo ter provas complementares”.

De acordo com as informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, não foi encontrado indício de falha técnica do avião. A caixa-preta do jato que levava o político não registrou as últimas duas horas de voo, por isso não foi utilizada nas investigações.

Ainda de acordo com a publicação, entre os erros do piloto Marcos Martins estão falta de treinamento para o modelo de aeronave e uso de “atalho” para acelerar o procedimento de descida. Martins abortou o pouso, arremeteu bruscamente, operando os aparelhos em desacordo com as recomendações do fabricante do avião, o que acabou levando à “desorientação espacial”.

No dia 13 de agosto, o avião com Campos, que cumpriria agenda de campanha em Santos, saiu do aeroporto Santos Dumont, no Rio de janeiro, em direção ao Guarujá, e caiu em uma área residencial de Santos. Não houve sobreviventes.

Além de Campos, estavam na aeronave o assessor Pedro Almeida Valadares Neto, o assessor de imprensa Carlos Augusto Ramos Leal Filho (Percol), Alexandre Severo Gomes e Silva (fotógrafo), Marcelo de Oliveira Lyra (staff da campanha) e os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha. O acidente que matou o presidenciável aconteceu no mesmo dia da morte do avô dele Miguel Arraes.

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O Globo

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