A "indústria do tapa buracos" em Santa Cruz, os gastos exorbitantes e os transtornos para a população

Na cidade de Santa Cruz do Capibaribe, entra governo... sai governo e uma prática no mínimo curiosa nunca deixa de acontecer pelas ruas da cidade em forma de obras.

Conhecida como tapa buracos, este tipo de obra infinda acontece de uma forma que demonstra ser proposital e acontece da seguinte maneira:

Em uma rua começam a se soltar alguns paralelepípedos e forma-se um pequeno buraco que tira o sossego dos motoristas. Espera-se cerca de 3 meses até que, com o vai e vem dos carros, o buraco aumente e atinja a largura quase total da rua, então vem a equipe da prefeitura e interdita a rua com grandes tambores cheios de concreto, devidamente personalizados com as cores do governo municipal. Após a interdição passa-se aproximadamente 1 mês para se fazer os reparos e mais outro mês que é o tempo de cura para que a via seja liberada. Após a liberação da via é necessário no máximo 1 mês para que comece a soltar alguns paralelepípedos novamente no mesmo local, então espera-se aumentar o buraco novamente e todo o processo se repete. Dessa forma, é feito o tapa buracos nos mesmos locais a cada 6 meses, aproximadamente.

Parece ser exagero, mas tenho observado esta prática ao longo dos anos aqui na cidade e creio que muitas pessoas percebem também e sabem que não estou inventando estórias.

Além de passarmos o tempo todo caindo com nossos carros em buracos e levando grandes prejuízos com isso, ainda vemos o dinheiro dos nossos impostos ser mau gerenciado, quando é usado para consertar estes trechos de rua e isso causa muita indignação.

Acho que usam muita areia para pouco cimento durante os tapa buracos e por isso quebra novamente tão rápido. No fim das contas, os motoristas ainda levam a culpa, dizem que quebra porque não respeitam o tempo de cura. Resta ao povo questionar.

Tem alguém lucrando com essa "indústria do tapa buracos"?

Até quando teremos que conviver com essa prática?

Escrito por Almir Neves

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