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Gabinete Português de Leitura promove Concurso Fernando Pessoa

Estudantes do ensino médio de todo o Estado podem concorrer. Texto vencedor será publicado e tanto aluno quanto professor ganharão notebooks

Dentro das homenagens aos 80 anos da morte do poeta português Fernando Pessoa, o Gabinete Português de Leitura (GPL) está lançando o Concurso Fernando Pessoa, para alunos do ensino médio de todo o Estado. O vencedor terá seu trabalho publicado na revista Encontro, publicada pelo GPL. Além disso, tanto o autor quanto seu professor de literatura receberão um notebook cada, no aniversário do GPL, em setembro. "Alunos das redes públicas e privada, de todo o Estado, podem participar. Os concorrentes deverão escrever um texto de até cinco laudas sobre o poeta, que deverá ser entregue na secretaria do GPL ou por e-mail (gplrpe@terra.com.br) até 31 de agosto", revela a diretora cultural do GPL, Maria de Lourdes Hortas.

Mais universal poeta português, Fernando Pessoa foi educado na África do Sul em uma escola católica irlandesa e chegou a ter maior familiaridade com o idioma anglo-saxão do que com o português, trabalhando como tradutor técnico e publicando seus primeiro poemas em inglês. Em 1905 retornou sozinho para Lisboa e, no ano seguinte, matriculou-se no Curso Superior de Letras, abandonando o curso um ano depois. Pessoa passou então a ter contato mais efetivo com a literatura portuguesa, principalmente Padre Antônio Vieira e Cesário Verde. Foi influenciado pelos estudos filosóficos de Nietzsche e Schopenhauer e também recebeu influências do simbolismo francês.

Enquanto poeta, escreveu sob seu próprio nome e pseudônimos (heterônimos). Os heterônimos de Fernando Pessoa tinham personalidades próprias e características literárias diferenciadas. É o caso de Álvaro de Campos, engenheiro português de educação inglesa influenciado pelo simbolismo e futurismo, que apresentava certo niilismo em suas obras. Além dele, havia também Ricardo Reis - médico que escrevia suas obras com simetria e harmonia, defensor da monarquia e que possuía grande interesse pela cultura latina -, e Alberto Caeiro, de formação educacional simples e que fazia poesias diretas e concretas.

Segundo o poeta americano Robert Hass, "outros modernistas como Yeats, Pound e Elliot, inventaram máscaras pelas quais falavam ocasionalmente... Pessoa inventava poetas inteiros".

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