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Rasteira nos servidores públicos: Vereadores de situação aprovam projeto para parcelar dívida com a Santa Cruz Prev


Apesar das intensas mobilizações por parte dos servidores públicos de Santa Cruz do Capibaribe na Audiência Pública de ontem (Detalhes AQUI) e também durante a reunião da Câmara de Vereadores nesta quinta-feira (28), o prefeito Edson Vieira não recuou e os vereadores de sua bancada aprovaram o projeto enviado pelo executivo para a câmara que regulamenta o parcelamento da dívida da prefeitura com a previdência do município, a Santa Cruz Prev.

A previdência própria do município foi criada nesta mesma gestão e também com projeto polêmico, onde a maioria dos servidores era contra o regime previdenciário, mas o prefeito que tem maioria na câmara garantiu a aprovação. Menos de dois anos depois, o prefeito já deixou de repassar mais de 1,7 milhão à previdência, o montante deixou de ser repassado entre os meses de outubro de 2015 e fevereiro de 2016 e o prefeito enviou projeto à câmara para parcelar em cinco anos o que deveria ter repassado em cinco meses. Após a grande mobilização por parte de todas as classes de servidores o tempo de parcelamento foi reduzido para 48 meses e aprovado pelos vereadores aliados do prefeito nesta quinta-feira (28) na Câmara.

O servidor da área de saúde e membro do Conselho que fiscaliza a previdência, Lucas Evangelista, falou de sua indignação com a aprovação do projeto. "Eu quero nesse momento expressar o meu repúdio contra o que os vereadores de situação acabaram de fazer em um ato que envergonha todo cidadão de Santa Cruz do Capibaribe, um ato que leva ao descrédito a casa legislativa e hoje nós temos que lamentar e espalhar pra todos que nós não temos representantes na casa legislativa, os vereadores de situação eles são 'lagartixas' e hoje eles provaram isso. Enquanto servidores, nós vamos nos mobilizar e mostrar à cidade que nós não aceitamos e que não estamos satisfeitos com essa imoralidade e essa violação de direitos, pois ficou comprovado na audiência pública de ontem que, unanimemente, nós servidores somos contrários a essa atitude ilegal, imoral e, sobretudo, ditatorial do prefeito Edson Vieira". Disse o servidor.


A professora Elieudes Bezerra também falou sobre a votação do projeto na câmara. "Minha opinião sobre a votação é que houve uma manobra por parte da bancada de situação. Usar a justificativa da não leitura do artigo do regimento que fala sobre o pedido de vistas pelos vereadores na hora de pedir vista foi um fiasco! Esperávamos que o encaminhamento dado na audiência pública ontem sobre a retirada do projeto fosse aceita. Mas não foi isso que vimos! Agora vamos procurar o Ministério Público para que a Lei da previdência que diz que o municípo deve pagar a previdência mediante o desconto no FPM, isso sim vamos correr atrás! Porque com a aprovação do projeto agora não temos mais o que fazer o peso da caneta foi posto nas 48 parcelas!". Disse Elieudes.

Todos os servidores com quem conversei se disseram indignados com a falta de representatividade por parte dos vereadores e com a atitude do prefeito em não repassar os devidos valores à previdência e querer impor a forma como quer pagar.

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