Um país sem cultura é um país vazio, sem identidade
pessoal, sem essência, sem características.
E o que dizer de um país que não tem assistência médica,
educação e segurança?
De nada adiantaria termos tudo isso e não ter cultura,
como também de nada adiantaria termos somente cultura.
Quais são as prioridades?
Você conhece alguém que morreu por falta de cultura?
Alguém que tenha morrido porque não teve acesso ao cinema, à biblioteca, ao
teatro? Você conhece alguém que tenha evitado ter sido assaltado porque na hora
do ato, recitou um poema e conseguiu comover o bandido?
A cultura é importantíssima no papel de mudar a vida das
pessoas. Já escutei diversos relatos de pessoas que preferiram trilharam o caminho
das artes quando tiveram inúmeras oportunidades de se enveredar pelos caminhos
do crime.
A cultura é linda. É necessária.
Mas nesse atual cenário politico econômico no qual
estamos vivenciando, o que seria mais importante?
Recentemente estamos vendo diversas noticias sobre
artistas protestando pelo fim do ministério da cultura e eu gostaria de
comentar sobre alguns pontos:
O ministério da cultura não foi extinto. Foi incorporado
ao ministério da educação (MEC). Quantos artistas você viu levantar placas no
exterior em defesa das milhares de vidas humanas que se perdem por falta de
atendimento médico?
Quantas placas foram levantadas pedindo o fim da
corrupção?
Quantos artistas você já viu doente esperando por
atendimento no mesmo hospital que você frequenta?
Será que algum deles já visitou um hospital lotado, sem
médicos, sem medicamentos e sem leitos? Provavelmente, não.
Isso não é o mundo deles. Não estão preocupados com o bem
estar social. O que machucou e atingiu a classe artística foi o corte de verbas
da Lei Rouanet.
Você viu alguém levantar placa pedindo a reativação da
verba Rouanet? Por que não reivindicaram o que realmente querem? Preferem sujar
ainda mais o país no exterior ao levantarem cartazes com frases mentirosas.
Artista repetindo o gesto do punho cerrado ao alto, símbolo da política de esquerda
“Um golpe de estado ocorreu no Brasil”
“Brasil está passando por um golpe de Estado”
“O mundo não pode aceitar este governo ilegítimo”
Essas foram as bandeiras levantadas por nossos
representantes culturais no exterior. Fizeram isso com um belo sorriso no
rosto, mostrando que realmente não conhecem ou simplesmente desprezam os
problemas de nossa nação.
Essa mesma classe artística que tanto criticou o governo
por não ter escolhido nenhum ministro negro é a mesma classe que só escalam negros
para fazerem papel de pobre, ladrão, empregado, mordomo, motoristas... Quando
muito, um delegado.
Você viu algum negro representando nosso país no festival
de Cannes?
Todos (pelo menos os que pensam) sabem que isso não
retrata a verdade. Um golpe de estado se dá quando um governo é destituído na
base de força armada.
Um governo ilegítimo se dá quando alguém assume o poder
contra a vontade da maioria. Esqueceram que foram eles mesmos que votaram no
atual presidente.
Muitos não aceitam o atual governo, assim como não
aceitaram o governo anterior, mas sejamos francos... Houve algum tipo de
manifestação no primeiro mandato de Dilma? O povo só foi às ruas quando a
situação se tornou insuportável. Ruim, nós já estamos há muitos anos e o povo
foi deixando... Deixando... Deixando... Até que a paciência acabou.
Acredito que todos desejam um país mais justo e melhor
para se viver. A esquerda teve sua chance e jogou fora. Agora é no mínimo
sensato deixar que o atual governo apresente suas formas de trabalho e as ponham
em prática e torcer para que tudo dê certo.
Caso contrário, já sabemos como agir.
Admilson Gomes
Empresário do setor de confecções.
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