Professores da Rede Pública Municipal de Santa Cruz do Capibaribe pararam suas atividades na manhã desta quinta-feira (01) e foram às ruas protestar contra o não repasse pela prefeitura, de recursos destinados à classe pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF).
De acordo com o Sindicato Único dos Profissionais do Magistério Público das Redes Municipais de Ensino (Sinduprom), a prefeitura não está respeitando a divisão de verba do (FUNDEF), cuja parcela destinada aos professores é de 60% dos cerca de R$ 17 milhões referentes a um Precatório Judicial da União, com valores que deixaram de ser repassados à classe entre os anos de 2002 e 2006. De acordo com a Lei Federal n. 9.424/96 que institui o FUNDEF, os recursos devem ser destinados em sua totalidade à educação, sendo 60% para os professores e 40% para a manutenção das escolas.
Os professores se reuniram em assembleia na câmara de vereadores e depois seguiram em protesto pelas ruas da cidade em direção à prefeitura, onde uma comissão formada por nove professores foi recebida pela chefe de gabinete, Priscila Ferreira, pelo secretário de educação, Joselito Pedro e pela vereadora eleita, Jessyca Cavalcanti, onde a única resposta obtida pelos professores foi de que o prefeito não irá repassar os 60% aos professores e nenhuma outra proposta foi apresentada. Uma nova Assembleia dos professores ficou marcada para o dia 08 de dezembro e existe a possibilidade de haver greve por tempo indeterminado.
Através de seu perfil no facebook, a professora Elieudes Bezerra falou sobre o movimento dos professores.
"Hoje o dia foi de parada na rede municipal de ensino de Santa Cruz do Capibaribe, realizamos assembleia na Câmara de Vereadores e em seguida tomamos as ruas com protesto, requerendo e reivindicando o que é nosso, o repasse aos cofres públicos no próximo dia 12/12/2016. A prefeitura receberá mais de 14 milhões de Reais, dinheiro este, oriundo dos precatórios do Fundef, referente ao período de 2002 a 2006, período este, em que a nossa categoria sofreu humilhações e achatamento de salários comprovados através de contracheques. Por isso estamos na luta para que o prefeito Edson Vieira faça justiça com a classe de professores e pague o que é nosso por direito. Acreditamos no poder da mobilização e combate incansável da nossa categoria. O Sindicato dos Professores Municipais está na luta e queremos nosso direito preservado" - destacou.
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