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Água desviada da Adutora do Prata daria para abastece cidade de 100 mil habitantes

Servidores da Compesa identificaram local da ligação clandestina de água (Foto: Ana Rebeca Passos/TV Asa Branca).

A vazão de água desviada da Adutora do Prata, localizada em Bonito, no Agreste de Pernambuco, abasteceria um município de 100 mil habitantes. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (5) pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) após a Polícia Civil deflagrar a Operação Igarapé, que visa cumprir mandados de prisão temporária contra três empresários suspeitos de furtar e vender a água da barragem.

A denúncia do furto de água foi feita em um período em que Pernambuco enfrenta o sexto ano consecutivo de seca. Só no Agreste do estado, 17 barragens secaram e outras oito estão com menos de 30% da capacidade.

De acordo com o gerente regional da Compesa, Mário Heitor Filho, a mesma vazão desviada é a que atualmente abastece o município de Santa Cruz do Capibaribe - que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem 103,6 mil habitantes.
"Os prejuízos são incalculáveis. Prejuízo no abastecimento e também para o usuário final. A gente sentia que estava havendo uma perda considerável [de água]. Mas, aguardamos as demandas e direcionamentos da polícia para reagir quanto a isso", disse Mário Heitor.
No local do furto, a polícia detectou uma ligação clandestina. "Vamos ter que tirar [a ligação], isolar o furo que tinha sido feito e fazer o devido reparo. Estamos tentando fazer o serviço sem prejudicar o abastecimento. Mas, se precisar, população vão ficar sem água por 12 horas", informou o gerente da Compesa.
Segundo Mário Heitor, o crime influenciou no nível da barragem - que tem capacidade para comportar 42 milhões de m³ de água e atualmente está com 11,65% do volume total, conforme informou a Compesa.

Operação 'Igarapé'

Uma operação da Polícia Civil, denominada "Igarapé", foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (5) e busca suspeitos de furtar e vender água da Adutora do Prata. A ação da polícia tem o objetivo de cumprir três mandados de prisão temporária e 18 de busca e apreensão domiciliar. O reservatório abastece os municípios de Caruaru, Agrestina, Altinho, Santa Cruz do Capibaribe, Ibirajuba e Cachoeirinha.

Até o momento, a polícia apurou que a água era retirada da barragem por meio de caminhões-pipa, sendo vendida por valores altos. A ação dos supostos criminosos estava prejudicando o abastecimento dos municípios que recebem água do Prata.

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Com informações do G1 Caruaru

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