Por Paiva Netto*
Sempre tenho chamado a
atenção das pessoas para que tomem cuidado com o trânsito nas estradas e nas
metrópoles.
Há muitos anos, num
editorial do conceituado jornal brasileiro Folha de S.Paulo, encontrei este pensamento de Goethe (1749-1832), famoso vate e
escritor alemão: “A morte é, de
certa forma, uma impossibilidade que, de repente, se torna realidade”.
Realmente, a maioria dos seres humanos não pensa que um dia terá de “passar
desta para melhor ou para pior”, de acordo com o seu comportamento na Terra.
O grande equívoco da
Humanidade é viver como se depois da morte nada houvesse. Certamente, conforme
nos revelam os Mentores Espirituais, um dos maiores dramas na Pátria da Verdade
é a chegada de multidões livres das algemas da carne, mas completamente
ignorantes do que seja o Mundo Invisível.
Mas voltemos ao editorial
da Folha de S.Paulo sobre
violência no trânsito, cujo conteúdo, infelizmente, ainda é atualíssimo: “(...) a frase do grande poeta alemão
reflete com admirável precisão a maneira como muitos encaram a morte. E não
resta dúvida de que essa visão é especialmente comum entre os jovens, cuja
inexperiência aliada a um arrebatamento natural como que lhes confere um
sentimento de onipotência e imortalidade. E esse sentimento, por ser
extremamente enganoso, tem muitas vezes consequências terríveis. As mais
notáveis e perversas se fazem ver no alto índice de envolvimento de jovens em
acidentes de trânsito no mundo inteiro. Desastres do tráfego já são a principal
causa de morte nessa faixa etária, fazendo mais vítimas do que a aids ou outras
doenças incuráveis”.
Não adianta dispor leis
para os seres humanos. É preciso prepará-los para a Lei. O código de trânsito
já existe. Todos sabem que têm de utilizar o cinto de segurança, diminuir a
velocidade e respeitar sinais e faixas. No entanto, por que muitos não cumprem
essas normas? Talvez porque não valorizem a própria existência.
A campanha Vá sem pressa, faça uma prece!,
promovida pela Legião da Boa Vontade (LBV), visa à conscientização de
motoristas e pedestres, para que venham a acatar as leis de trânsito por Amor à
sua vida e à dos semelhantes.
Fica aqui, portanto, a
nossa contribuição para o fim da violência no trânsito, de forma que a
velocidade irresponsável ainda existente nas ruas se sublime em atos cada vez
mais velozes de respeito a todos e de socorro às pessoas em situação de
pobreza. Eis o nosso lema: Promover Desenvolvimento Social e Sustentável,
Educação e Cultura, Arte e Esporte, com Espiritualidade Ecumênica, para que
haja Consciência Socioambiental, Alimentação, Segurança, Saúde e Trabalho para
todos, no despertar do Cidadão Planetário.
Vá sem pressa, faça uma
prece!
LBV — trânsito livre para a Vida
Educação e trânsito
Lamentavelmente, poucos
refletem no fato de que, no Brasil, o trânsito tem feito um número maior de
vítimas do que muitas guerras. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito
(Denatran), em média 150 pessoas morrem por dia nesses acidentes no Brasil. Boa
parte desses casos não ocorreria se motoristas e pedestres fossem mais
prudentes e observassem dicas simples ao conduzir um veículo ou ao atravessar
uma rua. Atitudes iguais a essas evitariam o sofrimento de milhares de famílias
e o prejuízo que, todos os anos, é superior a R$ 30 bilhões, segundo
estimativas do Denatran, em consequência dos acidentes de trânsito nas rodovias
e vias urbanas.
Por isso, é fundamental:
— não dirigir cansado, sob a influência de emoções ou sob
efeito de bebidas alcoólicas e/ou de qualquer substância entorpecente;
— não trafegar acima dos limites de velocidade;
— usar constantemente o cinto de segurança;
— conhecer bem o veículo que se dirige e mantê-lo em boas
condições de funcionamento;
— desenvolver uma direção defensiva, prevenindo, dessa
maneira, acidentes; e
— levar as crianças até 10 anos de idade no banco
traseiro do carro.
A conscientização é o
primeiro passo para o fim da “guerra” nas estradas e ruas brasileiras. Para
isso, é muito importante, acima de tudo, que a Boa Vontade esteja presente
entre motoristas e pedestres.
Vivamos, todos nós, em paz
no trânsito!
A Prece do Motorista*
Extraída da revista BOA
VONTADE no 26, de agosto de 1958, a oração ficou
famosa na interpretação de Alziro Zarur (1914-1979),
saudoso fundador da LBV e Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do
Espírito Santo, em seus programas radiofônicos.
“Jesus,
“quero que sejas
“a Luz dos meus olhos,
“para que eu veja sempre o caminho certo!
“O Guia dos meus braços,
“para que eu me dirija sempre para o Bem!
“A Força da minha vida,
“para que eu resista na luta diária pelo pão!
“O meu Amigo constante,
“para que eu sirva a todos com Boa Vontade!
“O Amor do meu coração,
“para que eu ame a todos como a mim mesmo!
“Que a Paz de Deus ilumine os nossos caminhos.
“E viva Jesus!”
Nota
do autor
* Constante de meu livro Ao Coração de Deus — Coletânea Ecumênica de
Orações (versão pocket),
69a edição, p. 139, publicada pela Editora Elevação.
*José de Paiva Netto,
jornalista, radialista e escritor.
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