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Valorize seu tempo...


As redes sociais fazem parte da vida de milhares de pessoas, ela auxilia nossas atividades, ajuda-nos na comunicação a distância e facilita nossa interação nesse mundo digital. Dentre outros milhares de benefícios, é perceptível um grande malefício que ela também trouxe consigo, bem presente em nossos dias, “a construção de uma vida superficial” que está interligada a esses perfis virtuais, o qual rouba a subjetividade para se adequar a uma pluralidade de pessoaa e imagens “vazias” que precisam ser expostas nas telas dos celulares, para que o “outro” veja. 

Estamos desperdiçando nosso tempo, na manutenção de um perfil perfeito, ideal, realizado, quando deveríamos aproveitar o pouco tempo que a correria do dia a dia nos deixa, para dialogar com os que nos cercam, adentrar ao mundo do nosso próximo, que muitas vezes está perto fisicamente, mas infinitamente distante de nós, isolado com suas dores, alegrias, pois dificilmente encontra alguém disposto a escutar, conversar, rir…

Nessa crise do diálogo presente em nossos dias, as pessoas não se dispõem a ouvirem umas às outras, mesmo morando juntas, parecem estranhos que apenas convivem, mas não produzem as experiências que são naturais das relações humanas (diálogos, cumplicidades, brincadeiras, passeios, etc.) são essas experiências responsáveis por contar nossas histórias , que estão entrando em “extinção” , sendo substituídas por vivências mecânicas, ditadas apenas pela obrigação. 

Claro que não podemos generalizar todos os benefícios que os perfis virtuais trouxeram-nos e como facilitou nossa vida. Mas não podemos permitir que eles substituam nossa vivência face a face, pois a evolução da comunicação serve para auxiliar o homem e não o dominar. Essa pressa por estar sempre conectados tem gerado seres humanos irritados, apáticos e deprimidos. 

Não vamos permitir que as telas dos celulares e computadores roubem de nós a “face” dos nossos semelhantes que nos rodeiam diariamente, o prazer do abraço, a alegria do sorriso olho no olho, a felicidade de vivenciar o momento e guardá-lo na memória. Pois o tempo como disse Machado de Assis é o “animal” mais feroz que existe, hoje estamos aqui, amanhã quem sabe? Hoje somos crianças, amanhã velhinhos, ou melhor, um livro de histórias vividas. Que essas histórias possam ser escritas da melhor forma possível, longe dos celulares e mais perto dos que nos rodeiam, antes que o relógio determine nossa hora de partir.

Texto escrito por Simone Silva
Imagem: reprodução da internet

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