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Profissional alerta sobre os riscos do descarte incorreto de medicamentos

Coordenador do curso de Farmácia da UNINASSAU Caruaru esclarece dúvidas a respeito do assunto

As dúvidas são muitas quando o assunto gira em torno do descarte de medicamentos. Quais os riscos que existem quando esse ato é feito de forma incorreta? O que fazer com remédios que estão com validade vencida? O coordenador do curso de Farmácia da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Janderley Matos, explica a importância de realizar procedimentos corretos para se desfazer daqueles fármacos que já não tem mais serventia.

“Os resíduos de medicamentos requerem cuidados especiais, pois apresentam riscos ambientais, sobretudo. Por este motivo é importante reservarmos a eles medidas que impeçam a exposição de pessoas ou contaminação do ambiente pois são, acima de tudo, substâncias químicas que podem modificar o meio ambiente de forma impactante”, afirma o coordenador da UNINASSAU e farmacêutico.

O descarte incorreto de medicamentos vencidos, estragados ou em desuso pode ocasionar, por exemplo, uso inadvertido por outras pessoas resultando em reações adversas graves, intoxicações e até a morte. “Além disso, o meio ambiente sofre agressões com a contaminação da água, do solo e dos animais. O descarte de medicamentos pelo esgoto e pelo lixo comum faz com que as substâncias químicas cheguem aos rios e córregos, podendo contaminar a água que bebemos’’, completa Matos. 

Uma atitude bastante positiva que pode ser adotada para minimizar estes problemas é adquirir somente os medicamentos que irão ser usados e na quantidade adequada para cada tratamento, pois, dessa forma, será possível diminuir a quantidade de descartes. O professor alerta, ainda, que para isso é preciso recorrer ao farmacêutico, o qual possui conhecimentos técnicos e habilitação legal para fornecer informações sobre remédios.

Janderley Matos destaca, também, que está sendo discutido no Brasil, pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), o funcionamento do sistema de descarte de medicamentos. “No entanto, isso tem avançado muito pouco, ficando a população sem alternativa apropriada para o descarte seguro e ambientalmente correto das sobras dos medicamentos por falta de uso, estragados ou com prazo de validade vencido”, alerta. 

Ausência de legislação 

No ano de 2009, foi criado um regulamento da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que possibilita farmácias e drogarias a participarem voluntariamente de coleta de resíduos de medicamentos para descarte pela população. Como ainda não existe uma legislação que determine de quem é a responsabilidade pela coleta, a primeira medida é informar-se nas farmácias de sua região se elas participam de algum programa de descarte de sobras domésticas de medicamentos.


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