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Maternidade de Curitiba aproveita Agosto Dourado e lança programa de amamentação


O projeto consiste em dar orientações logo nas primeiras mamadas do bebê, o que faz com que mamães amamentem mais. Segundo a ONU, a amamentação prolongada pode salvar a vida de 820 mil crianças por ano no mundo.

Contar com a ajuda de uma profissional em aleitamento materno logo nas primeiras mamadas do bebê pode ser crucial para que muitas mamães continuem a amamentar. É aí que recebem orientações sobre a pega correta e podem testar junto a especialista qual a melhor maneira do seu bebê mamar. O objetivo é garantir que este gesto tão lindo não se torne um pesadelo de dores para a mamãe, um dos principais motivos pelos quais elas deixam de amamentar. 

Pensando nisso e aproveitando o Agosto Dourado, mês de Campanha Mundial de Incentivo à Amamentação, o Hospital e Maternidade Santa Brígida de Curitiba divulga o programa Primeiros Laços, que disponibiliza profissionais especializadas e integralmente para esta atividade de acompanhamento. Elas realizam visitas diárias às mamães internadas dando todo o suporte necessário neste momento especial. 

“A visita da profissional especializada contempla exame físico da mama, estímulo ao bebê, demonstração da melhor posição para as mamadas e orientações para a alta hospitalar”, explica Vivian Maria de Freitas Crudo, gerente de enfermagem do Santa Brígida. 

Além das primeiras dicas, a profissional também conscientiza as mães com relação à importância do aleitamento, mostrando os benefícios tanto para elas quanto para os bebês. 

“Costumamos dizer que neste momento o aleitamento deve estar em primeiro lugar. O leite da mãe é um alimento completo, natural e centro da criação deste primeiro laço, do vínculo entre mãe e filho, favorecendo o desenvolvimento físico e emocional do bebê”, afirma Sônia Margarete de Bastos, técnica de enfermagem e especialista em aleitamento materno.

Segundo Sônia, o leite proporciona ainda ao bebê nutrição superior, água adequada para hidratação e protege contra infecções e alergias. “Já para as mães, amamentar ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal, reduzindo o risco de hemorragia. Reduz também o risco de câncer de mama e de ovário, além de retardar uma nova gravidez”, explica.

Entre os ensinamentos passados por Sônia também está o da livre demanda. “É importante não dar horário para o bebê mamar e sim amamentar quando ele quiser. E sem medo, pois se a mãe colocar o bebê corretamente para sugar, na aréola e não somente no mamilo, não há perigo do peito servir como chupeta”.

A mamãe Adriane Rosa Moreira contou com a ajuda de Sônia para oferecer pela primeira vez o leite à filha Yasmin Eloah e ainda recebeu dicas valiosas que estão ajudando ela a amamentar.

“Minha bebê ainda não sabe sugar muito bem, mas está melhorando. Meu seio não formou o bico ainda e por isso ela tem dificuldade. Isso sem contar que se eu não a acordar ela não mama. As dicas estão me ajudando bastante”.

Adriane conta que até procurou saber sobre a amamentação na internet, mas que na prática é tudo diferente. “Busquei informações em alguns blogs, mas não é a mesma coisa que na prática. Você só vai saber como é quando colocar seu bebê para mamar, por isso é bom receber as orientações ainda na maternidade. Pretendo amamentar a Yasmin até seus dois anos de idade”. 

Mundialmente, apenas 36% das mães amamentam seus filhos em um período de 6 a 12 meses (Pesquisa Lansinoh). Segundo as agências da ONU (OMS e Unicef), se todos os bebês fossem amamentados nos primeiros dois anos seria possível salvar anualmente a vida de mais de 820 mil crianças com menos de cinco anos. “O leite materno vale ouro e deve ser o alimento exclusivo do bebê nos primeiros seis meses de vida, necessitando ser oferecido no mínimo até os seus dois anos”, ressalta Sônia.

O Programa Primeiros Laços teve seu projeto piloto lançado no mês de maio e desde então já atendeu mais de 500 mães. 

“Amamentar é uma sensação muito boa. É um laço que criamos com o bebê para o resto da vida”, finaliza a mãe Adriane. 

Engenharia de Comunicação

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