Alunos do curso de sistema de informação do campus da Universidade de Pernambuco em Caruaru, no Agreste, desenvolveram um aplicativo que tem como objetivo auxiliar a Polícia Civil na investigação de crimes.
"Começou com uma necessidade que nós observamos de criar um banco de dados de locais de crime. Foi quando nós [o delegado e os alunos] tomamos a iniciativa de pensar em uma ferramenta para auxiliar nas investigações de homicídios. A ferramenta vai armazenar todas as informações contidas nas cenas dos crimes e criar esse banco de dados automatizado", explicou o delegado Francisco Souto Maior.
A ideia foi desenvolvida por dois estudantes, Eduardo Marinho e Matheus Henrique, e o delegado Francisco. Eduardo ainda está no segundo período do curso e se sente muito feliz em poder colocar em prática o conhecimento adquirido de forma tão prática e proveitosa.
"É muito importante para mim, que estou iniciando a carreira agora. É um aprendizado duplo: participar dessas atividades junto com a polícia e contribuir com o renome que a universidade vai garantir. Nós não queremos, em nenhum momento, substituir os policiais. Nós queremos ajudar", pontuou Eduardo.
Matheus Henrique nunca imaginou que teria esse contato com a polícia, e ainda mais poder ajudar na resolução de crimes. "No início eu fiquei meio que sem acreditar, porque parecia uma cena de filme trabalhar com a polícia, mas depois foi se tornando realidade. Está sendo uma experiência muito boa".
Até 13 de dezembro de 2018 foram registrados 161 homicídios consumados. Destes, 104 casos foram resolvidos. Com a criação, o aplicativo, chamado L.a.u.r.a, será mais uma ferramenta para solucionar crimes. De acordo com a Polícia Civil todos os crimes são investigados e a maior parte tem um resultado positivo.
O aplicativo representa agilidade nas investigações, que vai facilitar o trabalho da polícia. "Atualmente, as equipes da polícia quando vão ao local do crime preenchem manualmente um documento para integrar o inquérito policial. E essa informação não fica armazenada nos bancos de dados da Polícia Civil. [Com o aplicativo], queremos reunir essas informações", finalizou o delegado.
Informações do G1 / Foto: reprodução TV Asa Branca
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