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Jovens com deficiência intelectual a um passo do mercado de trabalho

Com profissionalização, o SENAI tem atuado para estreitar as relações profissionais dos envolvidos


Dezesseis jovens com deficiência intelectual do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) deram um passo importante nesta quinta-feira (04/04). Eles passaram a integrar a turma de aprendizagem básica em costureiro industrial do vestuário da unidade do Paulista. Após o período de seis meses, eles poderão vivenciar a prática profissional na Babilônia Confecções, indústria pernambucana responsável pela distribuição de peças para importantes redes varejistas do País. Ao todo, a turma tem 22 estudantes.

O curso ensinará do zero, desde o uso de uma linha até a produção completa de uma peça. No conteúdo, será abordado qual material é usado para modelagem, as regras de segurança e como desenvolver competências de corte. Eles terão aulas em laboratórios de costura e modelagem com máquinas industriais utilizadas na empresa de confecção que irão trabalhar.

Durante a aula inaugural, estiverem presentes o auditor fiscal do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego de Pernambuco, Fernando Sampaio, e a gerente de Educação do SENAI-PE, Carla Abigail. Para Sampaio, “a melhor forma de entrada das pessoas com deficiência no mercado de trabalho é por meio da capacitação e da aprendizagem. Temos a certeza que esse projeto pioneiro será um sucesso”.

Um dos alunos, Miguel Cabral tem 21 anos, já fez cursos de gastronomia e, agora, quer ampliar suas opções no mercado de trabalho e acredita que investir no ramo de vestuário irá abrir portas. Ele ficou sabendo do curso através da mãe, Marinalva Cabral, que participa do grupo Down Mais, que reúne mães de pessoas com síndrome de down para trocar informações.

“Eles são inteligentes, têm responsabilidade, sabem executar diversas atividades e pôr em prática o que aprendeu. O que falta é o mercado de trabalho oferecer oportunidades para eles mostrarem que são capazes. Essa iniciativa do SENAI proporcionará a inclusão desses jovens e é uma ótima chance para se inserirem no mercado de trabalho”, disse. Mateus comentou que está bastante empolgado para estudar e se profissionalizar. “Quero aprender mais, ter mais conhecimento, participar das aulas nos laboratórios”, contou.

A iniciativa faz parte do Programa SENAI de Ações Inclusivas, que busca sensibilizar indústrias parceiras de que a contratação de pessoas com deficiência beneficia a todos. De 2000 – quando o programa foi criado – para cá, aproximadamente 400 jovens foram inseridos no mercado de trabalho por meio dessa prática.

“Além da legislação, que exige que as empresas contratem pessoas com deficiência em pelo menos, 7% do seu quadro de funcionários, a ação sensibiliza e estimula positivamente a rotina de trabalho, impactando positivamente a produtividade dos funcionários e a sustentabilidade do negócio”, explica Carla Abigail, gerente de educação do SENAI-PE.

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