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Vereadores aliados de Edson Vieira se negam a votar, projeto de suplementação é reprovado na câmara e saúde pode parar

Únicos votos favoráveis ao projeto foram de vereadores de oposição.


A gestão municipal de Santa Cruz do Capibaribe está passando por momentos difíceis. Após a reprovação, nesta terça-feira (30), do projeto de suplementação enviado à Câmara de Vereadores solicitando o remanejamento de recursos de algumas áreas para serem investidos em outras, o secretário de Saúde, Dr. Nanau disse na manhã desta quarta (31), durante coletiva de imprensa, que vai paralisar serviços de Saúde do município.

Com sete votos contrários, seis abstenções e três votos favoráveis, o Projeto de Lei 010/2019, do Poder Executivo, precisava de nove votos para aprovação, mas acabou sendo reprovado e um fato que chamou a atenção é que seis vereadores aliados do prefeito Edson Vieira se abstiveram de votar e estes seis votos aprovariam o projeto se somados aos três votos favoráveis de vereadores de oposição.

A justificativa dos vereadores situacionistas é que só votariam o projeto em sua totalidade, da forma como o prefeito queria, porém os vereadores de oposição colocaram algumas emendas impedindo a retirada de recursos de áreas críticas como a construção de creches, já que existem creches em construção que deveriam estar funcionando há anos, porém as obras estão paralisadas há muito tempo. A emenda apresentada pelos vereadores de oposição visava também não permitir que o Prefeito retirasse recursos de áreas indispensáveis como aquisição de transporte escolar.

Uma justificativa apontada pelo Secretário de Saúde durante a coletiva de hoje foi que Postos de Saúde da Família (PSF) irão ser fechados por falta de insumos, mas isso foi muito rebatido por servidores que atuam nos PSF dizendo que a desculpa é puro oportunismo para a gestão fazer pressão pela aprovação da suplementação, pois a falta de insumos é um problema que existe há muito tempo e que nunca se fechou postos por causa disso.

"Parece que o prefeito ainda não entendeu que ele não tem mais maioria dos vereadores como seus aliados na câmara como tinha há alguns anos, que aprovava qualquer projeto que quisesse e ainda dava broncas nos vereadores se a aprovação demorasse. Ele fez isso para aprovar o projeto de previdência própria contra a vontade de nós servidores e como sabemos que acontecia em outros casos no passado. Hoje é diferente e os vereadores estão certos, não se pode deixar o prefeito fazer o que quiser. Dizem que obras estão paradas por falta de recursos e ao mesmo tempo querem tirar recursos destas mesmas obas para colocar em outras coisas, isso é um absurdo". Disse uma servidora da saúde.

Uma coisa é certa, quem mais se prejudica é a população que necessita dos serviços públicos.

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