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Número de casos confirmados de Sarampo sobe de 75 para 90 em oito dias em em Pernambuco


Subiu para 90 o número de casos confirmados de sarampo, em Pernambuco, de acordo com os dados divulgados pelo governo do estado, nesta quinta-feira (14). Isso significa que, em oito dias, houve 15 novas confirmações para a doença. No balanço divulgado no dia 6 de novembro, havia 75 diagnósticos. A única morte por sarampo foi a de um bebê de 7 meses em Taquaritinga do Norte, no Agreste.

O município de Brejo da Madre de Deus, no Agreste, que não tinha casos confirmados até o último boletim, teve três confirmações. Também foram confirmados casos nos seguintes municípios: Recife (5), Jaboatão dos Guararapes (1), Bezerros (1), Caruaru (9), Frei Miguelinho (1), Gravatá (1), Santa Cruz do Capibaribe (18), Taquaritinga do Norte (30), Toritama (10) e Vertentes (11).

Ao todo, foram notificados 1.020 casos da doença no estado, sendo que 429 deles foram descartados após a realização de exames laboratoriais. Os outros casos seguem em investigação ou tiveram resultados inconclusivos.

A Secretaria de Saúde informou, ainda, que a investigação dos casos e vacinação de bloqueio, ações de vigilância epidemiológica, bem como a assistência ao paciente, são iniciadas logo após a notificação do caso, independente do resultado do exame laboratorial.

O sarampo é uma virose – um vírus com genoma RNA (paramyxovirus do grupo morbilivirus). Os sintomas da doença são tosse, coriza, injeção conjuntival e febre. Após poucos dias da contaminação aparece o típico exantema (erupções avermelhadas na pele) do sarampo, que iniciam no tronco. O exantema não coça e dura pouco mais que uma semana. Bem no começo do exantema aparecem manchas brancas muito típicas nas mucosas, mais fáceis de ver na mucosa oral - as manchas de Koplick.

O sarampo pode levar a várias complicações. A mais comum é a pneumonia bacteriana – principal responsável pela morte de crianças desnutridas. As complicações neurológicas, no entanto, assustam mais. Além de algumas agudas, como encefalite transitória, há uma encefalite crônica que sempre evolui mal e para o óbito. Ela ocorre anos depois do sarampo e é resultado da persistência do vírus no sistema nervoso central. É rara, mas assustadora.

Em adultos o sarampo é ainda mais grave. O diagnóstico é mais difícil e há uma pneumonia não bacteriana, pelo vírus do sarampo mesmo, que pode ser muito grave.

A transmissão ocorre por gotículas respiratórias e a doença é muito contagiosa. 90% das pessoas suscetíveis adquirem sarampo ao entrar em contato com alguém contaminado. A doença dá imunidade definitiva: só se tem sarampo uma vez. O sarampo é contagioso dois dias antes de o exantema surgir e até cinco dias depois.

O tratamento é sintomático e das complicações tratáveis, como a pneumonia. Não há tratamento antiviral específico.

Vacinação

Começa na segunda-feira (18) a campanha de vacinação contra o sarampo para adultos jovens, entre 20 e 29 anos. A iniciativa busca imunizar quem não é imunizado ou não completou as duas doses do esquema vacinal. A campanha segue até o dia 30 de novembro, data da realização do Dia D.

De acordo com o esquema, a vacina deve ser aplicada em crianças entre 6 meses e 11 meses, a chamada "dose zero". Ao completar 1 ano, a criança deve tomar a primeira dose e, três meses depois, a segunda - ou seja, as crianças a partir dos 6 meses de idade precisam tomar 3 doses do imunizante.

A partir dos 2 anos, caso o menino ou menina ainda não tenha começado o esquema vacinal, duas doses devem ser feitas com um intervalo de um mês entre elas.

As pessoas que têm entre 12 meses e 29 anos de idade devem tomar 2 doses de tríplice viral com intervalo mínimo de 30 dias entre elas.

O público de 30 anos a 49 anos, que ainda não foi imunizado, ainda não vacinadas devem tomar 1 dose da vacina. Os profissionais de saúde precisam de 2 doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre elas, independente da idade.

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