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Dengue: nova tecnologia suprime rapidamente 95% do mosquito Aedes aegypti

Mini-cápsulas do Aedes do Bem™ foram projetadas para equipar governos e comunidades de todos os tamanhos com uma solução para controle do Aedes aegypti altamente eficaz e economicamente sustentável.


A Oxitec Ltd., líder no desenvolvimento de soluções biológicas seguras e direcionadas para controlar insetos que transmitem doenças e destroem plantações, anuncia os resultados preliminares de um teste bem-sucedido da sua nova tecnologia de mini-cápsulas do Aedes do Bem™. Realizado em estreita colaboração com a cidade de Indaiatuba, no Brasil, o método de mini-cápsulas do Aedes do Bem™ suprimiu, após apenas 13 semanas de tratamento, 95%* da população do Aedes aegypti, em comparação com as áreas de controle não tratadas na mesma cidade.

O tratamento envolveu a colocação de mini-cápsulas do Aedes do Bem™ em propriedades residenciais uma vez por semana, sem ferramentas ou manuseio especiais. O esforço gerou rápida supressão do mosquito em uma área onde moram aproximadamente 1.000 pessoas, e demonstrou 100% de eficácia da tecnologia na eliminação de larvas fêmeas, validando completamente a biossegurança do produto.

Este ensaio de campo para desenvolvimento do produto de mini-cápsulas do Aedes do Bem™ representa um grande avanço na tecnologia de controle vetorial direcionada e segura. Embora as tecnologias baseadas em insetos tenham demonstrado efeitos promissores de supressão nas últimas décadas, esta é a primeira solução baseada em insetos criada especificamente para fornecer uma supressão direcionada com simplicidade, escalabilidade e sustentabilidade econômica, tornando acessível para governos, comunidades e usuários finais de todos os tipos e níveis de renda os benefícios das soluções biológicas de saúde pública. 

A tecnologia de mini-cápsulas usa o sistema proprietário da Oxitec para encapsular ovos da linhagem de 2ª geração do Aedes do Bem™ e, quando colocadas em uma pequena caixa com água, produzem e liberam apenas machos do Aedes do Bem, que são seguros, auto-limitantes e não picam. Esses machos, ao saírem da caixa, se dispersam no ambiente para acasalar com fêmeas Aedes aegypti selvagens em uma área de até 8 mil metros quadrados. Esse produto está sendo desenvolvido para ser a primeira tecnologia de controle do Aedes aegypti baseada em insetos que pode ser fabricada em instalações centralizadas, ser estavelmente armazenada e implantada sob demanda em qualquer lugar do mundo, sem equipe especializada ou equipamento especial.

Para acompanhar o estudo, a Oxitec encomendou uma pesquisa independente que mostrou que o apoio da comunidade local ao estudo foi alto, com 94% dos 1.200 residentes pesquisados a favor da tecnologia do Aedes do Bem™ e seu uso nos bairros da cidade.

"Temos enfrentado epidemias devastadoras de dengue no Brasil e novas ferramentas de controle de vetores são desesperadamente necessárias para auxiliar nossas cidades e comunidades. É por isso que o produto de mini-cápsulas do Aedes do Bem™ será tão impactante - ele pode fornecer um controle superior e seguro do Aedes aegypti por meio da fácil implantação de minúsculas cápsulas de ovos em caixas que não exigem infraestrutura dispendiosa ou operações complexas. Estamos tornando o controle do Aedes aegypti simples, sustentável e escalável - em outras palavras, é exatamente o que as cidades e comunidades do Brasil precisam neste momento crítico", afirma Natalia Ferreira, diretora geral da Oxitec do Brasil.

De acordo com Grey Frandsen, CEO da Oxitec, o ensaio de campo foi inovador. "É a primeira vez que uma tecnologia de controle biológico de vetores é compactada em uma solução pequena, que pode ser transportada, armazenada, segurada na mão e implantada para trazer supressão de mosquitos em várias gerações e sem liberação de fêmeas. Para começar a combater a expansão das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, precisamos de uma geração totalmente nova de ferramentas de controle de vetores que sejam acessíveis e economicamente viáveis - e que possam capacitar uma coalizão mais ampla a participar desta batalha. Como demonstramos com sucesso neste ensaio, nossa abordagem com mini-cápsulas do Aedes do Bem™ é exatamente isso. Esse teste excedeu nossas expectativas de desempenho e, agora, estamos nos preparando para testes de campo maiores".

No início deste mês, a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) concedeu à Oxitec uma Permissão de Uso Experimental (EUP) para testes de campo dessa mesma tecnologia nos Estados Unidos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 390 milhões de pessoas são acometidas pela dengue todos os anos, com aproximadamente metade da população mundial em risco. O número de casos de dengue relatados à OMS aumentou mais de 15 vezes nas últimas duas décadas. O Aedes aegypti, um mosquito invasor encontrado em todo o mundo, também transmite zika, chikungunya e febre amarela.

A diretora da Oxitec, Natália Ferreira, fala sobre a nova tecnologia em live promovida pelo Colégio Positivo na próxima terça-feira, dia 26, às 17h. Aberta à comunidade, a live pode ser acessada pelo Facebook do Colégio Positivo (facebook.com/ColegioPositivo.Oficial/).

* 95% foi a média móvel mais alta em janelas de duas semanas; a média semanal individual mais alta foi de 98%; a média móvel mais alta em janelas de quatro semanas foi de 92%.

Sobre a Oxitec

A Oxitec é pioneira no uso da engenharia genética para controlar com segurança e sustentabilidade insetos e pragas que espalham doenças e danificam plantações. A Oxitec foi fundada em 2002 como uma spinout da Universidade de Oxford (Reino Unido) e é composta por uma equipe diversa e apaixonada, composta por 15 nacionalidades.

FONTE: Oxitec

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