Não nos devemos
vangloriar dos nossos feitos, porquanto a arrogância nos arrasta para o abismo.
A humildade corajosa, aquela que
sobrevive aos acicates da dor, revela os
valores eternos do ser humano.
Em Sua Boa Nova,
segundo Lucas, 17:10, Jesus aconselha: “Quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis; fizemos apenas aquilo que é de nossa
obrigação”.
Essa passagem do Santo
Evangelho de Jesus demonstra, na verdade, que humildemente temos de cumprir a
incumbência assumida perante o Pai Celeste. Este é o verdadeiro galardão: agirmos conforme se esperava de nós,
de acordo com o programado em nossa Agenda Espiritual. Não há aplausos neste mundo que alcancem maior ressonância em nossas
Almas do que a consciência espiritual tranquila pelo dever bem realizado. E
essa postura em nada se compara com fraqueza ou ingenuidade. Já disse e
reitero: a humildade é, acima de
tudo, corajosa, e não pode jamais
ser comparada com submissão (quando covarde), que, por sua vez, é justamente o
oposto dos exemplos de destemor deixados por Jesus.
Lembremo-nos sempre das sábias palavras do padre Antônio Vieira (Espírito), estudadas nestas pregações e belamente apresentadas no rádio pelo saudoso Irmão Alziro Zarur (1914-1979). Para o deleite de vocês, transcrevo trechos da imorredoura página do inspirado vate português:
A HUMILDADE
“Nada
há tão grande quanto a humildade.
A humildade vence todas as tiranias, destrói todas as dificuldades. A humildade
é irmã gêmea da persistência, filha dileta da força.
Quantos
humildes tens visto cair?
Nenhum.
E quantos engrandecidos tens visto
precipitados do pedestal onde, orgulhosos, se supunham eternos?
Nem eu sei.
Humilde
nasceu Jesus; humilde viveu e humilde passou no mundo. E não há maior grandeza
do que essa humildade. De todos os grandes da
Terra, em todos os séculos dos séculos, nenhum se Lhe compara.
E dentre esses grandes ainda são
relativamente grandes só os que foram humildes e Lhe seguiram o exemplo.
Só os que na humilhação encontraram
grandeza, como só em Jesus encontraram
humildade.
O Filho dileto de Deus podia ser o maior
da Terra [socialmente
falando], visto que Ele era o
representante, o escolhido, o eleito do Senhor do Universo. Podia, mas não foi.
Podia, mas não quis ser. Não quis ser porque não devia. (...)
Quis
ser humilde entre os humildes; simples entre os simples (...)”.
(Os destaques são meus.)
Quando Deus reconhece humildade no Espírito,
revela-lhe os Seus maiores segredos. Perante nossa dedicação sincera, o Pai
Celestial jamais nos abandonará, pois o Cristo, que não profere palavras vãs,
proclama no Evangelho, segundo Mateus,
6:33, e Lucas, 12:31, a Sua Lei Econômica, que decididamente ampara, espiritual
e materialmente, os servidores da Seara Divina: “Buscai primeiramente o Reino de Deus e Sua Justiça, e todas as coisas
materiais vos serão acrescentadas”.
Aliás, Zarur definia essa passagem bíblica como “A Fórmula Urgentíssima de Jesus”, que considero ser a Lei Econômica Urgentíssima do Supremo Comandante da Terra, o principal pilar da Economia da Solidariedade Espiritual e Humana, que há décadas pregamos. A Fórmula do Cristo é valiosíssimo preceito que impulsiona e ilumina os Estatutos Superiores da Esperança e da Paz, que só podem vicejar onde imperam a Verdade e o Amor, a Humildade e o Bem.
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