Fábio Aragão tenta parcelar dívidas com salários deixadas por Edson Vieira, mas servidores não aceitam e devem fazer greve

Reunião desta sexta-feira (5), na prefeitura de Santa Cruz. Foto: Almir Neves.

Servidores públicos da Saúde e da Educação no município de Santa Cruz do Capibaribe continuam no prejuízo com os salários de dezembro de 2020 que não foram pagos pelo prefeito à época, Edson Vieira (PSDB), o qual deixou a dívida para o atual gestor Fábio Aragão (PP).

Ao herdar as dívidas e sem recursos financeiros para pagar os referidos salários, o prefeito Fábio Aragão se reuniu mais uma vez com representantes dos servidores prejudicados na tarde desta sexta-feira, 5 de fevereiro, para propor um parcelamento das dívidas salariais em seis parcelas ou pagar o salário completo a uma das categorias por mês. As categorias não aceitaram e depois foi proposto um parcelamento em quatro vezes, também não aceito.

As categorias prejudicadas são: Agentes Comunitários de Saúde (ACS), Agentes de Combate às Endemias (ACE), enfermeiras, técnicos de enfermagem, Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e professores da Educação Infantil.

A gestão do prefeito Fábio Aragão trata os débitos com todas estas categorias da mesma forma, porém algumas delas têm seu piso salarial integralmente custeado pelo Ministério da Saúde, cabendo à Prefeitura do município apenas fazer o repasse dos recursos recebidos mensalmente e complementar a folha salarial com os valores da insalubridade e gratificações.

Um exemplo é a categoria dos ACS, a qual os recursos foram enviados no dia 31 de dezembro de 2020 pelo Ministério da Saúde referentes ao  piso salarial deste mês de dezembro, porém a atual gestão recebeu estes recursos e usou para adiantar os salários de janeiro de 2021, em vez de pagar dezembro de 2020.
Recursos de dezembro com ordem bancária no dia 31 de dezembro. Imagem: reprodução.

Já os recursos referentes ao  piso salarial do mês de janeiro dos ACS foram enviados pelo ministério da Saúde no dia 4 de fevereiro de 2021, mas mesmo com este recurso em caixa e com o mês de janeiro já tendo sido pago, a prefeitura ainda alega que não tem como pagar dezembro.

Recursos de janeiro com ordem bancária no dia 4 de fevereiro. Imagem: reprodução.

Então a pergunta que os ACS fazem é: Faltam recursos financeiros para pagar ou falta uma correta administração destes recursos?

Com a palavra a secretária de Saúde Paula Moraes, o prefeito Fábio Aragão e demais membros de sua equipe, pois os servidores precisam de seus salários e muitos deles acumulam dívidas e passam dificuldades.