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Após recorde de mortes, Bolsonaro diz que população 'não pode viver em pânico' por Covid-19


No pior momento da pandemia da Covid-19, com recordes seguidos nos registros de mortes, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que "o problema está aí", mas que a população "não pode viver em pânico". Bolsonaro também voltou a criticar medidas de distanciamento social, que visam diminuir o contágio do novo coronavírus, dizendo que irão trazer fome e depressão.

Na terça-feira, o Brasil registrou 1.726 mortes causadas pela Covid-19, o maior registro em 24h desde o início da pandemia. Além disso, a média móvel de mortes bateu um novo recorde, 1.274. É o quarto dia consecutivo que isto acontece.

— Criaram pânico, né? O problema está aí, lamentamos. Mas você não pode viver em pânico. Que nem a política, de novo, (do) fique em casa. O pessoal vai morrer de fome, de depressão? — disse Bolsonaro a apoiadores nesta quarta, no Palácio da Alvorada.

Na conversa, o presidente criticou a cobertura da imprensa sobre a pandemia e disse que "para a mídia, o vírus sou eu".

Um apoiador relatou a Bolsonaro ter feito um estudo que indicaria que o Brasil chegará à imunidade de rebanho em setembro ou outubro. O presidente disse que poderia encaminhar o estudo ao Ministério da Saúde, mas disse que com as novas cepas do coronavírus é difícil discutir o fim da pandemia:

— Como a doença é pouco conhecida, nova cepa, não dá para discutir aqui...

Em outro momento, Bolsonaro afirmou que poderá fazer um pronunciamento em cadeia nacional de televisão e rádio para tratar sobre a pandemia. O pronunciamento chegou a ser convocado na terça-feira, mas foi cancelado em seguida. Existe a possibilidade de que a fala ocorra nesta quarta.

O presidente afirmou que o Brasil está "fazendo o dever de casa" porque é um dos países que, em números absolutos, mais aplica vacina — neste quesito, é o sétimo. Em números proporcionais ao tamanho da população, no entanto, ao menos 18 países estão na frente do Brasil.

— O assunto, quando tiver (pronunciamento), vai ser pandemia, vacinas. O Brasil é um país que, em valores absolutos, mais está vacinando. Temos 42 milhões de vacinas para este mês, 42 não, 22 milhões. Mês que vem deve ser mais 40 milhões. O país está mais avançado nisso. Assinei no ano passado MP destinando mais de R$ 20 bilhões para comprar vacina. Estamos fazendo o dever de casa — disse Bolsonaro.

Fonte: extra.globo.com

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