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‘Sequestro digital’ triplica durante a pandemia; especialista dá dicas de segurança


Algumas grandes lojas do Brasil e do mundo têm sofrido sequestros digitais. Na última semana, por exemplo, a Lojas Renner sofreu um ataque, e os responsáveis pela ação criminosa cobraram um resgate de US$ 1 bilhão (R$ 5,41 bilhões) para liberar os sistemas criptografados da empresa. De acordo com levantamento da americana Chainalysis, em 2020 houve um aumento de 311% nos pedidos de resgate por dados sequestrados. Ou seja, no ano em que grande parte do mundo trabalho no modelo home office, por conta da pandemia.

De acordo com a advogada especialista em proteção de dados, Daniela Vasconcelos, isso ocorre através de um ransomware. Ela explica que não é um vírus, pois não precisa de mecanismo para que seja ativado.

“Ele funciona, geralmente, através de e-mails maliciosos bem disfarçados de e-mails seguros. Na hora que você abre, ele se instala no computador - através de uma instabilidade - e pode bloquear o acesso às informações do computador ou mesmo criptografá-las. Para que essas informações sejam liberadas, os criminosos pedem resgate em dinheiro, geralmente em criptomoedas”, explicou a advogada.

Para se precaver dos ataques dos hackers, a especialista ressalta que é importante manter atualizado o sistema do computador, para que as falhas sejam corrigidas com essas atualizações; ter um bom antivírus para bloquear os ataques; e só abrir e-mail ou baixar programas confiáveis. Além dos prejuízos do sequestro, as empresas também podem ser punidas por conta da Lei Geral de Proteção de Dados.

“As empresas precisam ter muita atenção com essa situação. A Lei Geral de Proteção de Dados responsabiliza as empresas que tratam dados pessoais. Então é importante ter uma política de segurança da informação, pois, além do prejuízo do sequestro, a empresa pode ser punida pela LGPD por não garantir a segurança dos dados de seus clientes”, acrescentou Daniela Vasconcelos.

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