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Padre Márcio fez história em Santa Cruz e deixa saudade


Andou de cavalo, desceu do altar, abraçou todo mundo. Trouxe flores e distribuiu com todos, fez brincadeiras, celebrou as missas mais de perto, aproximou o altar dos católicos e ensinou à igreja o que deve ser feito...

Pouco mais de meia década na paróquia da terra da sulanca, ele foi nos bairros e visitou as comunidades mais distantes. Mostrou que nos dias de hoje, não é o povo que tem que ir à Igreja, mas é a igreja que deve ir aonde o povo está...

Falou a língua dos mais humildes, se misturou aos mais simples e ganhou o carinho de todos. Como diz meu pai, ele "caiu na graça do povo". No tempo que esteve por aqui, deixou um exemplo que nunca vai se apagar...

Criativo, habilidoso, dinâmico e extrovertido, o jovem padre subiu o altar das igrejas mas seu "estilo" dinâmico o manteve entre as pessoas, como se estivesse lado a lado, celebrando a missa de perto, como se tocasse o coração de todos..

O jovem padre "movimentou" as igrejas com um estilo novo, não apenas "celebrando" missas, mas "removendo" aquela velha distância ortodoxa que muitas vezes afastava o sacerdote dos fiéis. O padre Márcio se contaminou com a simplicidade do povo, no meio do povo...

O jovem padre, que os católicos de Santa Cruz não querem que vá embora, é a manifestação viva do novo, do moderno, e pode ser o "despertar" para mudanças na própria dinâmica das missas, da relação "religião-igreja", "igreja-padre" e "padre-povo"...

O jovem padre, que deixa seus rastros marcados nessa cidade, aponta um novo caminho, não apenas para os católicos com quem ele já se deu tão bem, mas para outras "autoridades eclesiásticas" que resistem a mudanças, há cerca de mil anos...

Espero que na nova paróquia onde vai atuar, Padre Márcio seja, como foi aqui, o "braço forte" e o "abraço acolhedor" e que seja capaz de reduzir a distância entre o povo e a igreja... e que ele nunca deixe de ser o padre do povo...

Texto de Clécio Dias.

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