Ao percorrerem uma trilha para observação de aves em meio à mata no município de Catende, em Pernambuco, os fotógrafos Alexandre Pontes, Murilo Nascimento e Almir Neves, conduzidos pelo também fotógrafo Luiz de Catende, se depararam com uma borboleta-coruja (Caligo beltrão). A espécie de asas castanhas, semelhantes ao tronco de uma árvore, destaca-se principalmente pelas estampas em formatos de olhos que possui em meio às asas e dá origem ao nome popular.
Quando as asas estão abertas, a borboleta se assemelha a uma coruja, com olhos grandes e abertos, quando está em repouso, o desenho das asas se confunde com a cabeça de uma cobra, o que certamente a ajuda a driblar os predadores, já que passa a impressão de ser um animal maior e mais perigoso do que realmente é.
A borboleta-coruja é típica da América do Sul, mais especificamente na região de Mata Atlântica, onde pode ser encontrada em bordas de matas ou ainda em bananeiras, onde costuma se alimentar das folhas quando ainda é lagarta. Na fase em que se torna borboleta, alimenta-se em frutas caídas no chão e também em fezes de animais.
Não à toa é considerada uma das maiores borboletas do País: a envergadura pode atingir 18 centímetros. A fêmea é maior que o macho, porém são menos coloridas que os parceiros. Vive cerca de três meses e é considerada uma espécie ameaçada, devido à captura criminosa e à destruição de seu hábitat.
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