Era manhã de 18/10/2015. O dia prometia ser daqueles bem quentes e enfadantes. Estava com meu filho passeando pela região da Serra do Pará a procura de registrar a natureza, como já é de costume. Paramos à sobra de um juazeiro para beber um pouco de água e descansar as pernas. Era cedinho mas já havíamos andado um bom trecho com subidas e pedras soltas. Estávamos a escutar aquele barulho bom que só o mato tem. Ao longe se ouviam as casacas-de-couro. Mais próximos de nós, um galo-campina cantava que era uma beleza. O vento balançava as folhas das árvores dando o toque todo especial à melodia que a natureza nos proporcionava naquele momento.
Foi quando avistei um pássaro avermelhado voando baixo e perto de onde estávamos. Percebi que ele pousou perto de nós, mas estava entre muitos galhos e não foi possível avistá-lo de imediato. Foi quando ele fez outro voo curto, pousando bem agarradinho ao tronco de uma árvore. A princípio, achei que se tratava de alguma espécie de pica-pau, pois era curioso o modo que ele se agarra e bica no tronco das árvores.
Fizemos os registros que foram possíveis, pois apesar dele ter se movido ao ponto de ser avistado, ainda estava emmeio a alguns galhos.
Ao chegar em casa e pesquisar a espécie na internet, foi que verifiquei que não era nenhum pica-pau e sim um arapaçu-de-cerrado, ave comum em nossa região.
A segunda vez que avistei a espécie, estava em companhia de meu filho, Almir e de Arnaldo Vitorino, que nos guiava através das inúmeras chácaras que ele conhece na região.
Tive a oportunidade de melhorar o meu registro pessoal da espécie, conseguindo imagens sem nenhum obstáculo à frente do arapaçu.
O sol estava escaldante, mas proporcionou uma excelente iluminação para o registro.
Admilson Gomes
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