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Cirurgia simples muda a vida de quem sofre com excesso de suor

O excesso de suor é um problema de saúde que se transforma em constrangimento. Muita gente não sabe, mas essa transpiração fora do comum é uma doença, a hiperidrose, que pode ser tratada com uma cirurgia simples. No Recife, o Oswaldo Cruz oferece o serviço de graça, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

De acordo com o médico Mário Gesteira, a cirurgia é indicada quando o problema começa a prejudicar a vida particular e profissional da pessoa. No caso das crianças, por exemplo, há algumas orientações. “Essa cirurgia visa melhorar a qualidade pessoal e profissional da pessoa. Normalmente espera-se que a criança tenha uns 12 anos, quando ela já entende e sabe escolher o que quer”, explica.

Ele explica quais são as contra-indicações para a cirurgia: “Nas pessoas obesas, a operação não tem bons resultados, pois a pessoa tem que ter Índice de Massa Corporal [IMC] baixo. As pessoas que fizeram cirurgia torácica recentemente vão ter o pulmão colado, isso dificulta ou impede a operação, pois tem que ter espaço para fazer duas incisões. E também, como toda cirurgia, é preciso que se faça um pré-operatório, pois a cirurgia pode diminuir a frequência do batimento cardíaco”.

O estudante Jefferson Barbosa vai passar por essa cirurgia para acabar com a hiperidrose e com os constrangimentos. “Dá vergonha, porque os outros veem o suor descendo. E quando eu fico nervoso eu fico suando ainda mais”, conta.

A doença não é tão rara como muitos pensam. Dados do SUS indicam que 1,5 milhão de brasileiros sofrem desse problema. No Hospital Oswaldo Cruz, no Recife, há 55 pessoas se tratando e devem passar por cirurgia.

O estudante Patrício Santana foi submetido à cirurgia há 12 dias. Agora, ele escreve com tranquilidade e desenvoltura, e não borra mais de suor os cadernos da escola. Patrício tinha vergonha até de tocar nas pessoas, por causa das mãos molhadas em excesso.

“Ele dizia que as pessoas iam ficar com nojo dele. Chorava bastante, não queria participar das atividades do colégio. Tinha medo de sofrer bullying no colégio...”, conta a mãe do menino, Maristela Santana. Hoje, os dois furinhos feitos embaixo de cada braço são cicatrizes e os traumas serão esquecidos.

Fonte: pe360graus.com

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