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Brasileiro não come frutas, aponta estudo

O consumo de frutas e hortaliças não é um hábito presente na mesa dos brasileiros, que admitem estar insatisfeitos com a qualidade da sua alimentação. Essas conclusões estão em pesquisa, realizada entre fevereiro e abril de 2011, a pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), para avaliar os hábitos alimentares da população.

São dois os principais benefícios relacionados pelos entrevistados ao consumo de frutas e hortaliças: 37% consideram esses alimentos saudáveis e 26% avaliam que eles previnem doenças. Do total de entrevistados, 17% admitem não estar contentes com a qualidade da  própria alimentação e 32% reconhecem a necessidade de melhorar os hábitos alimentares, ingerindo maior quantidade de frutas, verduras e legumes. Foram ouvidas 1.420 pessoas responsáveis pela alimentação de suas famílias, com diferentes níveis de escolaridade, de todas as classes sociais e regiões do País.

O estudo mostra que o consumo de frutas no Brasil está abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Na véspera da pesquisa, 63% dos entrevistados informaram que não consumiram frutas. Somente 8% dos brasileiros comeram frutas no café da manhã, 16% consumiram esse item no período entre o café da manhã e o almoço; e 2% ingeriram frutas no almoço. O levantamento mostra, também, que apenas 34% das pessoas ouvidas comem frutas pelo menos seis vezes na semana. Apesar dos benefícios de uma alimentação saudável, apenas 18,2% dos brasileiros ingerem a quantidade de frutas recomendada pela OMS, de 400 gramas/dia, segundo o Ministério da Saúde. “O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, mas são poucos os que têm o hábito de consumi-las”, afirmou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. Segundo a pesquisa, o consumo de frutas é considerado, muitas vezes, “tapa buraco”, dificultando a constituição de um hábito regular.

Preço acessível, mudança de hábitos alimentares, maior facilidade de acesso ao ponto de venda e indicação de médicos e nutricionistas são condições apontadas pelos entrevistados para o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras. O levantamento aponta que os brasileiros gastam, em média, 6,2% de sua renda com a aquisição de frutas, legumes e verduras. Enquanto a classe D gasta 8% de sua renda com esses alimentos. A maior despesa com frutas e verduras ocorre na faixa etária de 60 a 79 anos, com gastos de 6,8% da renda.

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